Oportunidades de emprego no agronegócio quase dobram em um ano

Oportunidades de emprego no agronegócio quase dobram em um ano

O agronegócio foi responsável por quase um terço do Produto Interno Bruto do Brasil (PIB) em 2021, alcançando 27,4%. Essa é a maior fatia do PIB desde 2004.

Os dados são do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq USP, em parceria com a CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil).

O setor do agronegócio vem batendo recordes sucessivos nos últimos anos, e o bom desempenho reflete uma maior demanda no mercado de trabalho. Um levantamento feito pelo site Empregos.com.br apontou um crescimento de 96,4% no número de vagas disponíveis.

Em 2019, a plataforma registrou 2.200 oportunidades de emprego nesta área, enquanto 2022 o número de postos de trabalho abertos chegou a 4.321. Atualmente, o site está com 425 vagas abertas no setor.

Os cargos que mais precisam de profissionais são: representante comercial, motorista e operador de máquinas. O setor também cresce em áreas como tecnologia, estratégia e marketing.

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Fonte: CNN Brasil

Soja: 6 dicas para a fase final do manejo da lavoura até a colheita

Soja: 6 dicas para a fase final do manejo da lavoura até a colheita

No Brasil, a expectativa é grande para a colheita de soja. Estimativas recentes da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) apontam um volume de produção em torno de 153,5 milhões de toneladas na safra 2022/23.

Com cerca de 43,2 milhões de hectares em todo país dedicados à soja e o plantio autorizado, em muitas áreas, desde 15 de setembro, os agricultores devem estar atentos à fase final de manejo e à colheita.

Com o intuito de auxiliar neste período, o gerente sênior de Desenvolvimento Técnico de Produto de Soluções para Agricultura da Basf, Sérgio Zambon, preparou algumas orientações.

  1. Tecnologia de aplicação: manutenção e regulagem de pulverizadores
    A pulverização é uma das atividades que merecem atenção redobrada. Além das perdas que podem ser causadas pelo amassamento das culturas e má conservação dos equipamentos, é possível ter perdas financeiras e de produto devido às calibrações inadequadas.
    Alguns procedimentos básicos devem ser tomados antes de iniciar a pulverização, como checar as condições climáticas ideais (temperatura entre 20°C-30°C, umidade 70%-90% e velocidade do vento de 3-10 km/h), além de usar água de boa qualidade.
  2. Utilizar mão de obra capacitada para realizar as atividades
    A mão de obra qualificada é um desafio constante para a agricultura. De acordo com a Norma Regulamentadora nº 12, as máquinas e os demais equipamentos precisam ser operados por profissionais devidamente habilitados, e esse tipo de capacitação é fornecida pelo empregador.
    “O ideal é que produtores rurais ofereçam cursos técnicos profissionalizantes aos funcionários”, afirma Zambon, também destacando a importância da utilização do Equipamento de Proteção Individual (EPI) adequado. Os cursos geralmente disponibilizam as bases teóricas e práticas necessárias para que os trabalhadores consigam exercer sua devida função em segurança e garantindo a produtividade para o negócio.
  3. Seletividade de produtos para o cultivo da soja
    Existem dois tipos de seletividade: a ecológica, na qual se utiliza os produtos químicos de forma que não atinjam diretamente os inimigos naturais, baseando-se nas diferenças ecológicas e comportamentais entre ele e a praga. E a seletividade fisiológica, que é voltada às diferenças fisiológicas entre pragas, predadores e parasitoides.
    A seletividade pode ser referente à dose utilizada ou ao modo de ação. E não menos importante é a seletividade dos produtos aplicados às plantas, optando pela escolha de insumos com formulações menos agressivas e que não provoquem injúrias às plantas. “É importante atentar-se a esse fator para pedir à equipe técnica responsável para verificar a seletividade dos produtos utilizados na lavoura”, garante o gerente.
  4. Ficar de olho no clima
    O manejo eficiente deve levar em conta uma série de fatores, entre eles o clima antes e durante a proteção das plantas. Evite realizar pulverizações horas antes da ocorrência de chuva, ou na presença de orvalho.
    Ventos fortes também prejudicam o resultado final da pulverização, podendo deslocar as gotas para fora do alvo a ser atingido. De uma maneira geral, a temperatura ideal para a aplicação de soluções na lavoura está entre 20ºC e 30ºC e a umidade relativa do ar acima de 60%.
  5. Planejar a colheita da soja
    A má regulagem das colheitadeiras pode aumentar as perdas, fazendo crescer o número de plantas voluntárias e reduzir a margem de lucro do produtor. Por isso, é necessário se programar e fazer manutenções periodicamente, ficar atento à velocidade de operação, fazer o acompanhamento de eventuais perdas para entender o progresso do trabalho e, novamente, investir em capacitação de mão de obra para operar o maquinário.
  6. Programar o transporte e armazenamento dos grãos
    O armazenamento e transporte de grãos devem aparecer na lista de prioridades de todos os agricultores e cooperativas. Além do aspecto financeiro, também está em jogo a qualidade nutritiva do produto. É necessário, nessa fase, tomar cuidados com a umidade dos grãos, a limpeza, controlar pragas, fazer transporte em caminhões adequados e utilizar galpões lonados ou silos para armazenar a carga.

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Fonte: Canal Rural

Produção de grãos deve crescer 36,8% nos próximos dez anos

Produção de grãos deve crescer 36,8% nos próximos dez anos

A produção de grãos no Brasil deverá aumentar 36,8% nos próximos dez anos, chegando a um total de 370,5 milhões de toneladas na safra 2031/2032. Esse acréscimo corresponde a uma taxa de crescimento de 2,7% ao ano. Algodão, milho de segunda safra e soja devem continuar puxando o crescimento da produção de grãos.

Os números são do estudo Projeções do Agronegócio, Brasil 2021/22 a 2031/32, feito pela Secretaria de Política Agrícola, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), pela Secretaria de Inteligência e Relações Estratégicas, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), e pelo Departamento de Estatística, da Universidade de Brasília (UnB).

Segundo o estudo, o mercado interno, as exportações e os ganhos de produtividade deverão ser os principais fatores de crescimento na próxima década. O estudo aponta uma tendência de crescimento com ganhos de produtividade, já que a área de grãos deve aumentar 17% entre 2021/22 e 2031/32, passando de 74,3 milhões de hectares em 2021/22 para 86,9 milhões de hectares em 2031/32, o que corresponde a um acréscimo anual de 1,6%.

As projeções de grãos referem-se aos 16 produtos pesquisados mensalmente pela Conab, como parte de seus levantamentos de safra (Algodão, amendoim, arroz, aveia, canola, centeio, cevada, feijão, gergelim, girassol, mamona, milho, soja, sorgo, trigo e triticale). Nesta atualização das projeções, o mês de setembro da safra 2021/2022 foi tomado como base para o início da série projetada.

Carnes
A produção de carnes (bovina, suína e aves) deverá passar de 28,4 milhões de toneladas em 2021/22 para 35 milhões de toneladas no final da próxima década, com um aumento de 23%. O maior aumento de produção deve ocorrer em carne de frango, 25,6%, carne suína, 29,1% e carne bovina, 14,9%.

Segundo o estudo, esses percentuais podem ser ainda maiores, tendo em vista o aumento da procura por proteína animal. Deverá ser realizado um esforço de crescimento que consiste em infraestrutura, investimento em pesquisa e financiamento no setor, aponta o relatório.

Exportações
As exportações de carne suína devem crescer 38,9% na próxima década, chegando a 1,5 milhão de toneladas. Carne bovina e de frango também devem crescer, respectivamente 34,1% e 26,2%. Nos grãos, o destaque das exportações é a soja em grão, com previsão de crescimento de 48,9%, chegando a 114,9 milhões de toneladas. Algodão em pluma e celulose também devem ganhar espaço no mercado externo, com crescimento de 38,6¨e 32,8% nas exportações.

Apesar de ser um grande exportador de vários produtos, o mercado interno continua sendo muito relevante. Na produção de carnes, cerca de 70% ficam no mercado interno e, na produção de grãos, por volta de 60% fica internamente. O relatório sugere que o país deve aproveitar suas vantagens comparativa em carnes e frutas.

Regiões
O estado do Mato Grosso deve liderar a expansão da produção de milho na próxima década. A produção deve passar de 41,6 milhões de toneladas na safra 2021/2022, para 56,9 milhões em 2031/2032. Na soja, destacam-se como líderes de expansão da produção os estados de Mato Grosso, Pará, Rondônia e Mato Grosso do Sul.

Na região formada pelos estados de Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, conhecida como Matopiba, a produção de grãos deverá passar de 31,8 milhões em 2021/2022 para 40,2 milhões de toneladas nos próximos 10 anos, em uma área plantada de, 10,3 milhões de hectares em 2031/32.

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Fonte: Portal do Agronegócio