Com aumento de 16%, setor de chocolates movimenta R$7,2bi até o terceiro trimestre de 2022

Com aumento de 16%, setor de chocolates movimenta R$7,2bi até o terceiro trimestre de 2022

De acordo com levantamento do Instituto Kantar, divisão Worldpanel encomendado pela Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas (Abicab), o setor de chocolates apresentou um crescimento de 10,3% no total de unidades comercializadas de janeiro a setembro 2022, se comparado ao mesmo período no ano anterior. Ao todo, foram 1,75 bilhão de itens vendidos, segundo os dados coletados e analisados pela Kantar. O aumento no consumo alavancou também a economia ao fazer com que o faturamento total do setor no período chegasse a R$7,2 bilhões, registrando um crescimento de 16,3%.

O consumo fora de casa foi impactado positivamente e cresce em relação ao período pandêmico. Em unidades a representatividade foi de 27,1% no acumulado até setembro de 2021, e em 2022 o número foi de 28,9%. Já em relação ao valor a representatividade no consumo fora de casa foi de 28,1% acumulado até setembro de 2021, e 30,3% em 2022.

O aumento de compradores tanto no in home (dentro de casa) quanto no out of home (fora de casa) foi responsável pela melhora no desempenho geral do setor, ao contribuírem com incremento no volume e valor arrecadados no período. O consumo de embalagens pequenas é destaque junto aos consumidores, produtos de 80 a 90g são os mais vendidos para consumo dentro de casa, enquanto fora de casa os itens de 31 a 79g, como bombons e trufas, são principais drivers de crescimento.

Ao todo, foram vendidas 1,2bi de unidades (+7,5%) para o consumo dentro de casa, atingindo R$5 bi em faturamento, o que representa um crescimento de 12,8% quando comparado ao mesmo período do ano anterior. As vendas para o chamado out of home foram responsáveis por R$2,2 bi (+25%), arrecadados pela venda de 507 milhões de unidades, um aumento de 17,8%.

Entre as preferências do público consumidor, o chocolate ao leite é o favorito entre os brasileiros. Tabletes/barras foi a categoria mais importante para o setor, representando 41,1% do total de unidades comercializadas. Outro destaque que estruturou o crescimento deste mercado foi a venda de caixas/pacotes para consumo dentro casa, que respondeu por 27,7% do total dos itens comercializados. Em paralelo, bombons e trufas têm evidência nas compras para consumo fora de casa, chegando a 17,6% de todos os itens vendidos neste segmento.

De acordo com Ubiracy Fonsêca, Presidente Executivo da Abicab, durante o ano que desafiou o bolso dos brasileiros por conta da aceleração da inflação, o consumidor buscou novas alternativas para manter o consumo, seja por meio de custo-benefício ou preço médio. “Por mais que o bolso do brasileiro esteja mais comprometido com categorias básicas, o setor de indulgência apresentou um crescimento que, ao ser refletido na série histórica, fez com que as vendas fora de casa se aproximassem do volume pré-pandemia — um marco para o segmento de chocolates. Isso se dá pelo vasto portfólio das marcas, que apresenta diferentes tamanhos e preços, contribuindo para o cenário em questão”, finaliza.

Conheça como a Agsus pode te ajudar a reduzir gastos desnecessários na sua empresa.

Fonte: Portal do Agronegócio

Produtividade da lavoura de café cresce 38% em dez anos, aponta Fiesp

Produtividade da lavoura de café cresce 38% em dez anos, aponta Fiesp

Estudo lançado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) revela que, na última década, a produtividade média em valor (R$/ha) das propriedades de café do Brasil teve uma alta de 38%. De acordo com o levantamento Agronegócio do Café – Produção, Transformação e Oportunidades, o setor gerou, em média, R$ 16,8 mil por hectare no período de 2008-2011 e alcançou R$ 21,7 mil por hectare na média do intervalo de 2018-2021.

Em termos de volume colhido, a produtividade média brasileira foi de 30,0 sacas/ha em 2018-2021, enquanto em 2008-2011 o indicador foi de 21,1 sacas/ha, expansão de 42,5%. Apesar da redução na área plantada, o setor investiu em tecnologia e ganhou eficiência através do incremento do número de árvores plantadas e adensamento dos pés em produção, proporcionando o aumento do volume da produção.

Nos últimos dez anos, a produção de café teve um salto de 25,3%, considerando a bienalidade positiva e negativa. Na média das safras de 2008/2009 a 2011/2012, a produção brasileira saiu de 44,3 milhões de sacas de 60 quilos, para uma média de 55,4 milhões de sacas entre 2018/2019 e 2021/2022 (CONAB).

Esses números sugerem uma evolução nos fatores de produção, com melhoramento genético, boas práticas agrícolas e boa infraestrutura das propriedades. Investimentos em máquinas, equipamentos e implementos agrícolas tornaram possível o aumento na produtividade, na produção e no valor gerado.

Contribui também para o cenário positivo da atividade o crescimento de 38% no Valor Bruto da Produção Agrícola (VBPA) entre 2022 (R$ 54,8 bilhões) e a média dos últimos quatro anos, 2018-2021 (R$ 39,8 bilhões). Na comparação entre os períodos de 2018-2021 e 2008-2011, a alta foi de 13%.

Minas Gerais se consolidou como o maior produtor de café nacional, com cerca de 50% do total produzido no Brasil (CONAB). O estado ocupa a segunda posição entre os estados com maior produtividade e o primeiro lugar em termos de valor de produção, com mais da metade do VBPA do setor.

Sua empresa corre riscos de prejuízo operacional e perda de recursos ? Veja como a Agsus pode te ajudar.

Fonte: Notícias Agrícolas

O Agronegócio deve ter maior crescimento desde 2017, dizem economistas

Agronegócio deve ter maior crescimento desde 2017, dizem economistas

Após recuar em 2022, o agronegócio deve voltar a crescer e a ser o motor – talvez o único – da economia em 2023. O Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getulio Vargas (FGV-Ibre), calcula que o PIB do setor avançará 8% neste ano, depois de encolher 2% em 2022. Se o número se confirmar, será o maior crescimento do setor desde 2017, quando a alta foi de 14,2%. Já o Santander, que espera queda de 0,3% para este ano, estima expansão de 7,5% para o próximo.

Parte do resultado positivo estimado para 2023 será apenas efeito da comparação com um 2022 fraco, explicam os economistas. Por outro lado, a safra esperada para este ano deve ser recorde, o que justifica uma projeção otimista. Dados de prognóstico de produção agrícola do IBGE apontam que a safra de grãos, cereais e leguminosas deve alcançar 293,6 milhões de toneladas em 2023, o que significará uma alta de 11,8% em relação a 2022.

Para o Ibre, o setor será o único a crescer de forma expressiva neste ano, quando o PIB do país deve ficar praticamente estagnado. “Nossa projeção de PIB está abaixo do mercado. Tem casas que apontam 1%. Nós estamos com 0,2%, isso com o agro, que é 10% do PIB, avançando 8%. Então projetamos uma queda pesada da atividade em geral”, diz Marina Garrido, economista do Ibre.

Safra
A alavanca da economia, portanto, deverá ser principalmente a soja e o milho. O economista Gabriel Couto, do Santander, lembra que a safra de milho de 2021 foi comprometida pela seca e que, em 2022, o problema foi com a soja. A expectativa agora é ter safras boas de soja e de milho. “Se tivermos a safra de soja cheia, que é o que esperamos, isso impulsionará o PIB agrícola.”

Segundo Couto, o Santander não espera que a desaceleração global prevista para 2023 tenha impacto no resultado do agronegócio brasileiro por ora. “Não estamos vendo o produtor tirando o pé do acelerador. Ainda que ele resolva estocar grãos, a produção estará lá. O impacto do desaquecimento da economia global tende a ser no médio prazo.”

Presidente do conselho diretor da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), Luiz Carlos Corrêa Carvalho afirma que, como os produtores conseguiram plantar soja e milho na época correta, a tendência é que a colheita de 2023 seja boa e que o valor bruto da produção cresça ao menos 5%, ficando acima de R$ 1,3 trilhão. Além da soja e do milho, ele destaca que as produções de cana-de-açúcar, frutas e hortaliças também estão indo bem.

Clima
O presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja), Antonio Galvan, porém, afirma que as previsões dos economistas são feitas seguindo a lógica de que o clima vai favorecer a produção, o que não ocorreu nos últimos anos. “Ter uma safra recorde, como se espera, é questão exclusiva de clima. Temos condições técnicas de fazer essa safra anunciada, só que é cedo para dizer que ela será realidade. Nos últimos anos, enfrentamos problemas de clima e tivemos perdas grandes.”

Segundo Couto, a previsão que se fazia em 2021 para o setor agrícola em 2022 era de uma alta superior a 5%. Conforme os meses foram passando, o número foi sendo revisto para baixo, até chegar à atual retração de 0,3%. Ele pondera, no entanto, que as secas que prejudicaram o setor nos últimos dois anos podem estar relacionadas ao fenômeno La Niña, que deve perder força a partir do segundo trimestre de 2023.

Dúvidas em como a Gestão Comercial pode ajudar o seu negócio? Entre em contato.

Fonte: CNN