Você sabe o que é Agricultura Regenerativa?

Você sabe o que é Agricultura Regenerativa

O projeto NewGrain tem total relação com a Agricultura Regenerativa, mas você saber o que isso quer dizer?

A agricultura regenerativa é uma abordagem inovadora e sustentável que visa restaurar a saúde dos ecossistemas agrícolas, aumentar a resiliência das terras cultivadas e promover a segurança alimentar a longo prazo. Em contraste com os métodos convencionais de agricultura, que muitas vezes resultam em degradação ambiental, perda de biodiversidade e esgotamento dos recursos naturais, a agricultura regenerativa busca criar sistemas agrícolas que se assemelham mais aos ecossistemas naturais.

Essa abordagem coloca ênfase na conservação e no aumento da saúde do solo, considerando-o como um organismo vivo essencial para o funcionamento de todo o ecossistema agrícola. Através de práticas como a rotação de culturas, a cobertura do solo com plantas de cobertura, o uso de compostagem e a não utilização de agrotóxicos, busca-se fortalecer a estrutura do solo e aumentar a sua capacidade de reter água e nutrientes.

Os benefícios da agricultura regenerativa são diversos. Ela pode aumentar a resiliência dos sistemas agrícolas às mudanças climáticas, reduzindo a necessidade de insumos externos, como fertilizantes e pesticidas, e consequentemente diminuindo os custos de produção. Além disso, uma prática regenerativa pode resultar em solos mais férteis e produtivos ao longo do tempo, auxiliando na segurança alimentar global.

No entanto, a transição para a agricultura regenerativa não é simples, pois requer mudanças nos métodos de produção e na mentalidade dos produtores. Além disso, é essencial considerar as diferentes realidades climáticas, geográficas e culturais ao implementar essas práticas em diferentes regiões do mundo.

Em resumo, a agricultura regenerativa é uma abordagem transformada que visa não apenas sustentar a produção de alimentos, mas também regenerar os recursos naturais e a biodiversidade, proporcionando benefícios, para os agricultores e para a sociedade como um todo. É uma forma esperançosa de agricultura que nos desafia a repensar nossas práticas agrícolas e nos comprometemos com um futuro mais equilibrado e sustentável.

A importância de projetos, como NewGrain, na recuperação de pastagens degradadas

A importância de projetos, como NewGrain, na recuperação de pastagens degradadas

O Projeto NewGrain cria valor na aquisição de áreas de pasto degradado, que serão corrigidas através do conceito de Agricultura Regenerativa e transformadas em áreas produtivas para a produção sustentável de grãos. Diante disso, um estudo desenvolvido pelo Observatório de Conhecimento e Inovação em Bioeconomia da Fundação Getulio Vargas (FGV) revela que 18,94% do território brasileiro é composto por áreas de pastagens. Isso corresponde a aproximadamente 160 milhões de hectares. Deste total, 52% apresentam algum nível de degradação (cerca de 89 milhões de hectares), sobretudo, na Amazônia e no Cerrado.

Para recuperar e reformar todas as áreas de pastagem que apresentam algum nível de degradação seriam necessários, aproximadamente, R$ 383,77 bilhões. Entretanto, a implementação de tecnologias de recuperação de pastagens degradadas teria o potencial de gerar receitas mais do que suficientes para compensar esses custos.

Áreas de pastagem entre os seis biomas brasileiros e áreas de pastagem, por nível de degradação, entre os biomas brasileiros

Notícias NewGrain A importância de projetos como NewGrain na recuperação de pastagens degradadas

Fonte: Observatório de Conhecimento e
Inovação em Bioeconomia da FGV,
com base em dados do MapBiomas.


Os resultados do estudo mostram que os custos de recuperação, reforma e manutenção de pastagens diferem não apenas em relação à localização geográfica e condições edafoclimáticas, mas, sobretudo, de acordo com o nível de degradação.

“Um aspecto importante e que irá condicionar a escolha da estratégia de recuperação a ser adotada é o nível de degradação apresentado pela pastagem. Os diferentes níveis de degradação tornam necessários níveis também distintos de intervenção para que a recuperação seja realizada. Por exemplo, áreas em estágios iniciais de degradação exigem menor intervenção e menores custos operacionais a fim de conter a redução da produtividade. Por outro lado, se o processo de degradação se encontra em estágio avançado, são necessárias ações mais intensivas e dispendiosas, uma vez que, o alto grau de degradação compromete a capacidade de manter a produção e a qualidade da forragem e a resistência aos efeitos nocivos de doenças, pragas e plantas invasoras. Portanto, definir estratégias de recuperação, reforma ou renovação associadas ao estágio de degradação observado é fundamental”, afirma Sabrina de Matos Carlos, pesquisadora do Observatório de Conhecimento e Inovação em Bioeconomia da Fundação Getulio Vargas.

Custos médios (R$/ha) de tecnologias de recuperação/reforma e manutenção de pastagens nos biomas brasileiros.

Notícias NewGrain A importância de projetos como NewGrain na recuperação de pastagens degradadas
Fonte: Observatório de Conhecimento
e Inovação em Bioeconomia da FGV

Em resumo, o custo médio para recuperar um hectare de pastagem em estágio moderado de degradação variou entre R$979,42 e R$1.541,37. Por sua vez, o custo médio para reformar um hectare de pastagem severamente degradada variou entre R$1.563,31 e R$2.100,71.

Os custos operacionais incorridos no processo de recuperação, reforma e manutenção devem-se, principalmente, à etapa do plantio, sobretudo, em função do uso de fertilizantes. No caso das pastagens em estágio severo de degradação, também são expressivos os custos com implementos. Para recuperar e reformar todas as áreas de pastagem que apresentam algum nível de degradação seriam necessários, aproximadamente, R$383,77 bilhões.

Custos médios de tecnologias de recuperação/reforma de todas as áreas de pastagens degradadas nos biomas

Notícias NewGrain A importância de projetos como NewGrain na recuperação de pastagens degradadas

Fonte: Observatório de Conhecimento
e Inovação em Bioeconomia da FGV

Entre as regiões brasileiras, a Região Sudeste é aquela que apresenta os menores custos de implementação de tecnologias de recuperação e reforma de pastagens degradadas. Essa particularidade está fortemente relacionada ao fato de, aproximadamente, 60% das áreas de pastagens degradadas da região estarem localizadas no bioma Mata Atlântica, onde os preços dos fertilizantes e corretivos são relativamente menores.

O estudo aponta ainda que caso o Brasil implementasse as metas definidas no Acordo de Paris de recuperar 15 milhões de hectares de pastagens degradadas até 2030, com o objetivo de reduzir as emissões líquidas totais de gases de efeito estufa, seria necessário investir, aproximadamente, R$21,17 bilhões e os custos maiores estariam nos estados de São Paulo, Pernambuco e Ceará. No cenário atual, a receita proveniente da recuperação seria de R$36,77 bilhões, gerando assim um excedente de R$15,60 bilhões. Considerando um cenário menos otimista, a receita seria de R$21,75 bilhões, significativamente inferior àquela obtida no cenário atual, mas ainda assim haveria retorno positivo com a adoção de tecnologias de recuperação de R$581,25 milhões.

Sobre o Plano ABC+, que tem como objetivo recuperar 30 milhões de hectares de pastagens degradadas, entre 2020 a 2030, seriam necessários, aproximadamente, R$42,51 bilhões, em 22 estados brasileiros e no Distrito Federal. Nesse caso, os maiores custos de recuperação estariam associados aos Estados de Tocantins, São Paulo, Pernambuco e, principalmente, aos Estados de Goiás e Rondônia (nos quais seriam investidos cerca de R$11 bilhões). “ Esses resultados mostram como ainda é tímida a alocação de recursos do plano safra na Agricultura ABC. No plano de 2022 o valor foi de 2% do total do plano. Em 2023 foi menor, 1,8%. Com o avanço do mercado voluntario de carbono, a recuperação de pastagens tem uma grande possibilidade de gerar renda para a pecuária”, afirma Eduardo Assad, pesquisador do Observatório de Conhecimento e Inovação em Bioeconomia da Fundação Getulio Vargas.

No cenário atual, a receita potencial advinda da recuperação de 30 milhões de hectares seria de R$75,55 bilhões resultando em um lucro de R$33,04 bilhões. Um cenário menos otimista, por sua vez, promoveria uma receita de R$44,69 bilhões e, consequentemente, um excedente de R$2,18 bilhões.

Os resultados do estudo evidenciam que a implementação de tecnologias de recuperação de pastagens degradadas teria o potencial de gerar receitas mais do que suficientes para compensar os custos incorridos na recuperação de 15 e 30 milhões de hectares de pastagens. Portanto, dados as externalidades ambientais positivas e os benefícios econômicos que pastagens recuperadas podem promover, a tecnologia de recuperação de pastagens degradadas pode ser um instrumento efetivo e viável para potencializar a descarbonização do setor pecuário.

Acesse o estudo completo no site

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NewGrain se apóia na necessidade do Brasil investir em áreas degradadas.

NewGrain se apóia na necessidade do Brasil investir em áreas degradadas.

Segundo o jornal O Globo, o Brail precisará de pelo menos US$ 64 bilhões nos próximos anos para recuperação de áreas degradadas. O Projeto NewGrain está ligado a essa necessidade.

Em menos de 30 anos, o mundo terá quase 10 bilhões de habitantes, segundo estimativas da Organização das Nações Unidas (ONU), cerca de 30% a mais do que hoje, e a grande pergunta é como será possível alimentar toda essa gente sem causar ainda mais danos ao meio ambiente. Uma das alternativas apontadas pelos especialistas é a recuperação de pastos, uma forma de melhorar a produtividade da pecuária, evitando novos desmatamentos.

Com 80 milhões de hectares de pastagens degradadas, um dos maiores passivos globais, o Brasil é candidato a ser a locomotiva dessa mudança, desde que haja coordenação política, maior oferta de financiamentos e visão de futuro, apontam os experts.

Segundo o jornal, estima-se que sejam necessários pelo menos 400 milhões de hectares de novas pastagens e 165 milhões de hectares de produção agrícola no mundo para atender à demanda global de alimentos até 2050.

Como recuperar um hectare custa cerca de US$ 800, a estimativa de investimentos para o país seguir nessa trilha e recuperar esse passivo chega a US$ 64 bilhões nos próximos anos. Hoje, o Brasil tem 154 milhões de hectares de pastagens, mas essa área já chegou a quase 180 milhões.

Segundo a EMBRAPA, o Cerrado tem hoje a segunda maior área de pastagem entre os biomas do país em termos proporcionais, o bioma mais ocupado por pastagens cultivadas é a Mata Atlântica, com 25,7%, seguido por Cerrado (23,7%), Caatinga (23,1%), Pantanal (16%) e Amazônia (13,4%).

Por sua vez, os estados brasileiros que concentram maiores áreas de pastagens são Pará (cerca de 21,5 milhões de hectares), Mato Grosso (cerca de 21 milhões de hectares) e Minas Gerais (cerca de 19,3 milhões de hectares).

O Cerrado é o único bioma que alcança as cinco regiões brasileiras, embora concentre-se, principalmente, no Centro-Oeste. É conhecido como savana brasileira.

Os custos mais expressivos são verificados para os biomas Amazônia e Cerrado. Adicionalmente aos custos elevados associados à promoção da recuperação, esses biomas são aqueles que concentram as maiores áreas de pastagens com algum grau de degradação (aproximadamente 51 Mha). Sendo assim, o custo médio para a recuperação de todas as áreas do cerrado com algum tipo de degradação (moderada, média ou severa), seria de aproximadamente R$ 108,64 Bilhões.

O Projeto NewGrain se sustenta no compromisso com a recuperação milhões de hectares de pastagens degradadas.

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