FAESP: Laranja e soja impulsionam crescimento de empregos no setor agropecuário paulista

Laranja e soja impulsionam crescimento de empregos no setor agropecuário paulista

O setor agropecuário do Estado de São Paulo criou 7.547 vagas de trabalho com carteira assinada em julho, de acordo com dados mais recentes do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados — Caged. Foram 36.517 contratações e 28.970 desligamentos. O resultado é decorrente, principalmente, dos saldos positivos das atividades ligadas ao cultivo de laranja (2.551) e ao de soja (957).

“O setor agropecuário continua a ser um grande empregador de mão-de-obra. Isso sem contar os milhares de empregos indiretos, nas empresas que fornecem para o campo, como as indústrias de máquinas e de petroquímica (fertilizantes). O sistema FAESP/SENAR-SP, em contrapartida, desenvolve um trabalho incessante para qualificar cada vez mais os trabalhadores da área no Estado de São Paulo”, afirma o presidente da Federação, Fábio de Salles Meirelles.

O setor agropecuário registrou queda de 38,73% nas admissões e de 38,52% nos desligamentos, na comparação com julho de 2021. Em relação aos empregos ativos, houve redução de 2,97% sobre o mesmo período do ano anterior, somando 366.797. Embora o saldo de empregos ativos esteja um pouco abaixo em relação a julho de 2021, o desempenho do mercado de trabalho ao longo do ano tem sido positivo, com menor variação entre os períodos de safra e entressafra.

Considerando todos os setores, o Estado de São Paulo criou 67.009 novos postos de trabalho formais em julho, conforme o Novo Caged. Em comparação com o mesmo período do ano passado, foram registradas variações positivas nas admissões (3,92%), nos desligamentos (11,10%) e nos empregos ativos (5,81%).

Brasil

Somando todo o Brasil, no setor agropecuário ocorreram 103.950 admissões e 88.080 desligamentos, perfazendo o saldo de 15.870 novas vagas em julho, segundo dados do Caged. O destaque na criação de novas vagas no setor foram as atividades de apoio à agricultura, com saldo positivo de 4.405 empregos formais, em seguida, os cultivos de laranja (2.627), soja (2.334) e melão (1.648). Entre os saldos negativos, destacam-se as produções de café (-1.543), sementes certificadas (-265) e milho (-229).

Em relação a julho de 2021, a agropecuária reduziu as admissões em 0,60% e elevou em 11,65% os desligamentos. O setor manteve um estoque de 1.782.732 empregos ativos, representando um aumento de 4,08% em comparação com o mesmo mês do ano passado.

No geral de todos os setores, foram criados no Brasil 218.902 novos postos de empregos formais no mês de julho, totalizando 1.886.537 admissões e 1.667.635 desligamentos. Em referência ao mesmo período do ano passado, houve um aumento de 6,79% nas admissões no país e de 14,22% nos desligamentos. O total de empregos ativos somou 42.239.255, um aumento de 27,71% sobre julho de 2021.

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Fonte: Notícias da Agricultura

Produção de milho no Mato Grosso dobra em apenas dez anos

Produção de milho no Mato Grosso dobra em apenas dez anos

Em apenas uma década, a produção de milho no Mato Grosso mais que dobrou, saindo de cerca de 18 milhões de toneladas, na safra de 2011 e 2012, para mais de 39 milhões na temporada atual. A Cultura, que já foi dependente de socorro do governo federal para ser comercializada, hoje é um dos carros-chefes da economia do estado.

Nestes últimos dez anos, a área destinada às lavouras do grão, que não chegava a 3 milhões de hectares, saltou para quase 6,5 milhões de hectares.

Cleiton Gauer, do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), disse quais os principais fatores que levaram a essa alta tão expressiva de produção de milho no Mato Grosso.

“A cultura encaixou muito bem dentro do sistema produtivo da fazenda, com uma cultura de segunda safra. Com o passar do tempo, depois de toda mudança estrutural, realmente pelo advento das vias de etanol de milho no Mato Grosso, mudanças de patamares de preços e toda a estrutura, uma importante receita e utilização da área cultivada pelo produtor.”

Oportunidades

O investimento em tecnologias também gera oportunidades. Marcos Luís Lauxen é presidente da Vence Tudo, uma indústria gaúcha que há 58 anos começou a fabricar plantadeiras com foco na agricultura familiar. Ele conta que há pouco mais de duas décadas percebeu o futuro promissor do milho no país. A partir de então, o grupo direcionou mais atenção para atender às necessidades da cultura em todas as regiões.

“É surpreendente o quanto aumentou e está aumentando a produção de milho no nosso Brasil. A gente respeita muito todos os produtos, mas a gente tem um apreço muito especial pelo milho porque há 22 anos produzíamos milho em poucos meses do ano. Com essas novas fronteiras agrícolas, nós praticamente produzimos milho o ano todo”, diz.

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Fonte: CNN Brasil e Canal Rural – Luiz Patroni, de Cuiabá (MT)

IBGE: safra poderá bater recorde em 2022 com 261,7 milhões de toneladas

IBGE: safra poderá bater recorde em 2022 com 261,7 milhões de toneladas

A safra brasileira de leguminosas e oleaginosas deve bater o recorde de 261,7 milhões de toneladas em 2022. Em relação ao ano passado, o aumento previsto é de 3,3% ou 8,5 milhões de toneladas. Porém, a estimativa de agosto ficou 0,7% abaixo do apurado em julho, ou 1,8 milhão de toneladas a menos.

Os dados são do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), divulgado no dia 8 de setembro pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com o gerente da pesquisa, Carlos Barradas, a redução na estimativa de julho para agosto ocorreu devido à influência de questões climáticas.

“As principais variações negativas ocorreram no Paraná (-865.300 t), em Goiás (-559.010 t), em Minas Gerais (-532.786 t), no Ceará (-70.185 t), em Alagoas (-24.753 t), no Espírito Santo (-30 t) e no Piauí (-10 t). Mas vale ressaltar que a área colhida alcançou 73 milhões de hectares, 6,5% maior (mais 4,5 milhões de hectares) que a área colhida em 2021, e 0,1% maior (mais 61,1 mil hectares) que no mês anterior. Esses números mostram que os produtores têm investido no aumento da produção da safra devido aos preços elevados das commodities agrícolas”

Lavouras


Os principais produtos da pesquisa são o arroz, o milho e a soja que, somados, respondem por 91,5% da estimativa da produção e 87,1% da área a ser colhida.

Na estimativa para a produção de milho, houve acréscimo de 9,8% na área em relação a 2021, sendo de 7,7% no milho 1ª safra e de 10,5% no milho 2ª safra. Segundo Barradas, como não houve problemas climáticos que prejudiquem a segunda safra, ao contrário do ano passado quando faltou chuvas, a estimativa é que a produção de milho aumente 25,2% na comparação com 2021, chegando a 109,9 milhões de toneladas.

A soja, principal commodity do país, subiu 4,7% na área em relação ao ano passado. Quanto ao volume da produção, houve crescimento de 0,1% em relação à julho, mas a estimativa é de queda de 11,9% na comparação com 2021, com um total de 118,8 milhões de toneladas, devido à falta de chuvas no centro sul do pais, como explica o gerente da pesquisa.

“Apesar dos produtores terem aumentado a área de plantio da soja, os problemas climáticos derrubaram o potencial de produção agrícola da soja brasileira em 2022. A perda de produtividade está diretamente relacionada aos problemas climáticos”.

A área de arroz caiu 2,6%, o algodão herbáceo em caroço aumentou 17,7% e o trigo aumentou 9% sua área, podendo chegar ao recorde de 9,7 milhões de toneladas, o que representa 24,1% a mais do que o volume produzido em 2021. “O aumento da produção nacional do trigo é uma resposta do produtor brasileiro às restrições da oferta internacional devido aos problemas da guerra da Ucrânia”, afirma Barradas.

Segundo a análise do IBGE, a produção do arroz e a do feijão devem ser o suficiente para atender ao consumo do mercado interno, com um total de 10,6 milhões de toneladas e de 3,1 milhões de toneladas, respectivamente.

Já quanto ao café, a produção deve chegar a 3,2 milhões de toneladas, somando as espécies arábica e canephora, um crescimento de 0,9% em relação à estimativa de julho e aumento de 9,6% na comparação com 2021. De acordo com Barradas, o clima seco e frio prejudicou o grão.

“Em 2022 teríamos um ano de bienalidade positiva para o café arábica, e deveria produzir mais do que está produzindo. Isso não está ocorrendo porque o clima seco e excessivamente frio do inverno de 2021 reduziu o potencial de produção do café arábica. Os grandes produtores são Minas Gerais, São Paulo, Bahia e Espírito Santo. O café canéfora tem grande produção no Espírito Santo e Rondônia. Essa espécie cresce 9,4% em relação a 2021”.

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Fonte: Estadão de Minas