IAC lança cinco variedades de cana com alta produtividade e adaptação a diversas regiões

IAC lança cinco variedades de cana com alta produtividade e adaptação a diversas regiões

Cinco novas e modernas variedades de cana-de-açúcar serão lançadas pelo Instituto Agronômico (IAC) nesta terça-feira, 20, às 11h, em Ribeirão Preto, interior paulista. Esses novos materiais são superiores de 12 a 27% em relação à variedade padrão observada nos estudos, considerando produtividade e longevidade. Destacam-se pelo alto teor de sacarose, aumento de longevidade dos canaviais, possibilidade de longo período de colheita e adaptação a diversas regiões canavieiras do Brasil e distintos tipos de solos. O público presente também irá conhecer os resultados do Censo Varietal Safra 2022/23 feito pelo Programa Cana IAC. Os dados revelam que uma variedade IAC, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento, lançada em 2017, apresentou o maior crescimento entre as novas variedades adotadas no último ano de plantio. Ela aumentou três vezes em relação à área previamente ocupada.

AIACCTC07-7207é uma variedade de alta produtividade, atingindo valores 27% superiores à produtividade agrícola da variedade padrão: a RB867515. “Essa produtividade tão superior decorre da sua elevada população de colmos, que supera o padrão em 52% na média dos quatro primeiros cortes. Essa superioridade agrícola é transferida também para a produtividade agroindustrial”, explica o líder do Programa Cana IAC e diretor-geral do IAC, Marcos Guimarães de Andrade Landell.

As novas variedades poderão ser vistas no Jardim Varietal do IAC, onde serão apresentada s por Landell e Mauro Alexandre Xavier, pesquisador melhorista que também atua na coordenação do projeto de desenvolvimento de novas variedades e atualmente é diretor do Centro Avançado de Pesquisa e Desenvolvimento de Cana.

Segundo Landell, a IACCTC07-7207 também amplia a longevidade de seus canaviais, estimada em quatro cortes. Esse ganho resulta da alta capacidade de brotação deste material, que se adapta a diferentes regiões canavieiras do Brasil. A IACCTC07-7207 também tem apresentado ótimos resultados no Nordeste: Pernambuco, Alagoas, Bahia e Paraíba. “É uma variedade bastante ereta e com excelente adaptação ao plantio mecânico, o que a caracteriza como moderna e facilitadora das práticas de mecanização, incluindo o plantio e a colheita”, comenta.

A IACSP02-1064 também tem a daptação muito boa a diversas regiões, além de ser muito competitiva, com alta produtividade. Por ser precoce, amadurece logo no início da safra, qualidade que interessa a canavicultores e usinas. Segundo o pesquisador, a IACSP02-1064 acumula elevada sacarose e pode ser colhida por um longo período da safra – de abril a setembro. Seu rápido desenvolvimento inicial auxilia no sombreamento das entrelinhas, reduzindo a matocompetição. Com esse perfil, essa variedade tem mostrado excelente adaptação em manejo orgânico.

Outro destaque é a excelente estabilidade, viabilizando sua utilização em diversas regiões canavieiras do Brasil e em diferentes solos, o que deverá proporcionar sua instalação em vários estados. A IACSP02-1064 apresenta boa performance agroindustrial em praticamente todo o Estado de São Paulo, Paraná e Mato Grosso do Sul. “Em regiões com chuvas mais irregulares, como Goiás, Minas Gerais e Tocantins, man tém-se competitiva quando a alocamos em solos de maior potencial produtivo”, afirma Landell.

De acordo com o pesquisador, a IACCTC05-5579 é uma variedade com perfil bastante moderno: ereta, com fechamento vigoroso das entrelinhas e muito adaptada ao plantio e colheita mecânicos. “Ela viabiliza canaviais de grande longevidade graças à elevada população de colmos, atingindo número 38% a mais que a variedade padrão, a RB867515. Isso resulta em canaviais próximos de 100 mil colmos por hectare, com grande longevidade”, complementa. A IACCTC05-5579 destaca-se principalmente nas regiões mais quentes, como Norte e Oeste Paulistas e Goiás. Mesmo em áreas que sofrem incêndios criminosos, tem excelente capacidade de brotação após a colheita e no momento da nova brotação.

A IACCTC06-5732 é outra variedade que tem elevada população de colmos, superior à v ariedade padrão RB867515 em 31,4%. “Isso ocorre porque ela apresenta excelente soqueira, com alta população de colmos em cortes avançados”, atesta. A equipe do Programa Cana IAC recomenda seu plantio em condições ambientais melhores. Sua colheita poder ocorrer praticamente durante toda a safra, otimizando o início com o uso de produtos maturadores. Além dessa longevidade, esse material é muito adaptado ao plantio mecânico. Por apresentar hábito de crescimento ereto, também favorece a colheita mecânica.

Com bons resultados, principalmente no Estado de São Paulo, a IACCTC08-9052 também apresenta boa contribuição em regiões de maior altitude. Deve ser instalada em ambientes superiores ou de médio potencial. Também tem ótima performance com irrigação suplementar, mesmo que deficitária. “Tem um rápido crescimento inicial, o que possibilita alta taxa de multiplicação em viveiros. A população de colmos supera em 19,1% ao d a variedade padrão RB867515”, completa Landell.

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Fonte: IAC

Produção de açúcar no Centro-Sul deve crescer, aponta consultoria

Produção de açúcar no Centro-Sul deve crescer, aponta consultoria

A produção de açúcar no Centro-Sul do Brasil deve totalizar 3,06 milhões de toneladas na segunda quinzena de agosto, refletindo um aumento de 3,1% no ano, uma pesquisa da S&P Global Commodity Insights com dez analistas mostrou em 12 de setembro.

Durante o levantamento, a estimativa de moagem de cana para o período variou de 35,8 milhões de toneladas a 46,9 milhões de toneladas.

A estimativa média era de uma moagem total de cana de 43,9 milhões de toneladas, alta de 1,5% no ano.

“Todos os olhos estarão no mix de açúcar, que deve indicar se as usinas conseguiram maximizar sua produção de açúcar em meio a interrupções nas chuvas, que atrasaram a colheita”, disse Luciana Torrezan, da Platts Analytics.

A proporção de cana utilizada para a produção de açúcar deverá ser de 47,52%, acima dos 46,47% do ano anterior.

Os produtores brasileiros aproveitaram o alto preço do etanol durante os estágios iniciais da safra, mas as usinas transferiram mais de sua moagem de cana para a produção de açúcar no período restante da safra para aproveitar o prêmio do açúcar sobre a produção de etanol.

A Platts avaliou o etanol hidratado em usina de Ribeirão Preto convertido em açúcar bruto equivalente a 13,32 centavos/lb em 9 de setembro, de acordo com dados da S&P Global.

O contrato futuro de açúcar de outubro NY11 fechou em 18,22 centavos/lb em 9 de setembro, refletindo um prêmio de 4,90 centavos/lb sobre o preço do etanol hidratado expresso em açúcar bruto equivalente ex-CBIOs.

O prêmio do açúcar para a produção de etanol se aproximaria de 4,30 centavos/lb se os créditos de descarbonização fossem adicionados ao cálculo do prêmio.

O CBIO, equivalente a 1 mt de CO2 não lançado na atmosfera, é um instrumento emitido pelos produtores e importadores de biocombustíveis para garantir que o Brasil atinja suas metas de descarbonização.

O açúcar recuperável por tonelada de cana-de-açúcar, ou ATR, deverá ser de 153,91 kg/mt, uma queda de 0,7% ano a ano.

A produção total de etanol da cana deverá ser de 2,26 bilhões de litros, também com queda de 0,7% no ano.

A produção de etanol hidratado era de 1,36 bilhão de litros, segundo a média das respostas dos analistas à pesquisa. Isso representaria um aumento de 2,9% no ano. A produção de etanol anidro na segunda quinzena de agosto estava prevista para 903 milhões de litros, queda de 5,5% no ano, segundo o levantamento.

A Unica deve divulgar seus números oficiais de produção nos próximos dias.

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Fonte: Canal Rural

PIB da agropecuária deve crescer 2,8% em 2022, segundo CNA

PIB da agropecuária deve crescer 2,8% em 2022, segundo CNA

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) prevê um crescimento da ordem de 2,8% do Produto Interno Bruto (PIB) da agropecuária em 2022, sustentado em boa medida pela maior produção de milho e de trigo no segundo semestre do ano, disse o coordenador do Núcleo Econômico da entidade, Renato Conchon.

Nesta quinta-feira (1º), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o PIB da agropecuária subiu 0,5% no segundo trimestre de 2022 ante o primeiro trimestre.

Na comparação com o segundo trimestre de 2021, recuou 2,5%.

No primeiro trimestre, o PIB do setor caiu 0,9% ante o quarto trimestre de 2021 e recuou 8% em relação ao primeiro trimestre de 2021.

Já o PIB brasileiro registrou alta de 1,2% no segundo trimestre de 2022 ante o primeiro trimestre deste ano e avanço de 3,2% na comparação com igual período de 2022.

“Para o PIB da agropecuária, estávamos estimando para 2022 uma alta um pouco acima do mercado, de 3,3%. Devemos rever esse crescimento um pouco para baixo, para 2,8% mais ou menos”, disse Conchon.

Recuo do PIB

O recuo de 2,5% do PIB da agropecuária ante o segundo trimestre do ano passado se deu principalmente pelas menores produção de soja e arroz no Sul do Brasil e de soja em Mato Grosso do Sul, segundo Conchon.

“A safra colhida em 2021 teve um atraso, mas ainda assim foi muito boa, tanto para a soja quanto para o arroz; a produção de soja foi recorde e a de arroz, uma das maiores da história. Já neste ano, voltamos para a janela normal de plantio, mas houve problemas climáticos no Sul do Brasil e em Mato Grosso do Sul”, argumentou o coordenador da CNA.

Para o terceiro trimestre, cujos resultados devem ser divulgados em dezembro, há expectativa de que a colheita de uma grande segunda safra de milho contribua para o crescimento do PIB da agropecuária no período, tendo em vista que em 2021 houve quebra da produção.

No quarto trimestre do ano, espera-se que os preços remuneradores do trigo, sustentados pela guerra na Ucrânia, levem a uma maior produção do cereal no Brasil, “se o clima ajudar”, de acordo com Conchon.

“Os produtores, dado o preço, estão se preparando para um plantio bem substancial de trigo”, comentou.

As vendas de carnes, sustentadas pelo consumo das famílias e queda de desemprego, também devem contribuir para o PIB do setor.

PIB do Brasil

A alta de 1,2% do PIB nacional no segundo trimestre surpreendeu a CNA, que esperava um crescimento um pouco menor, assim como o mercado.

Com isso, a entidade deve revisar para cima sua estimativa de crescimento de 2,1% do PIB brasileiro em 2022, para perto de 2,3%, considerando um incremento do PIB no terceiro trimestre e estabilidade no quarto trimestre.

“O consumo das famílias é o principal ponto que puxa esse crescimento, por conta de auxílios associados à queda de desemprego, e deve ser positivo também no terceiro trimestre, com a inflação crescendo menos”, ponderou.

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Fonte: Canal Rural