Gestão ESG

Nos dias atuais existe uma enorme preocupação com a preservação da imagem das empresas, exigindo que elas se posicionem sobre diversos assuntos que envolvem o meio ambiente, questões sociais e medidas administrativas. Diante disso, é possível identificar a importância da Gestão ESG nas empresas, para que sejam aplicadas políticas voltadas a sustentabilidade, além de adotar melhores práticas administrativas e sociais.

O que é a Gestão ESG
No universo corporativo a sigla ESG (Environmental, Social and Governance) é o sinônimo para sustentabilidade, onde cada letra da sigla possui um significado.
• A letra E (environmental, em inglês, ou ambiental, em português): Refere as atitudes de preservação ao meio ambiente que a empresa pratica.
• A letra S (social, em inglês e português): É a relação da empresa com todas as partes envolvidas (stakeholders).
• A letra G (governance, em inglês, ou governança, em português): Refere às medidas relacionadas à administração de uma empresa.
A Gestão ESG reúne as práticas ambientais, sociais e de governança, buscando garantir que a empresa consiga se situar positivamente no mercado a longo prazo.

Importância
As questões que abrangem a Gestão ESG estão em alta no mundo todo, é cada vez mais comum observar movimentos a favor do meio ambiente e das questões sociais. Por esse motivo as empresas devem se atentar as suas ações tomadas diariamente, para proteger a sua imagem e contribuir com a sustentabilidade e igualdade dentro da sociedade.
Outro fato é que empresas com boas práticas de ESG correm menos riscos de enfrentarem problemas jurídicos, trabalhistas, fraudes e sofrer ações por impactos ao meio ambiente¹, e por esse motivo chamam mais atenção dos investidores.
Principais problemas que a falta da Gestão ESG causa das empresas
• Falta/baixa de credibilidade junto à comunidade.
• Má reputação da marca.
• Riscos de prejuízo operacional e perda de recursos.
• Perda do valor econômico da organização.
• Potencial geração de passivos contratuais, regulatórios e ambientais.
• Possibilidade de multas e penalidades devido ao descumprimento da legislação ambiental.
• Falta de engajamento dentro do ambiente de trabalho.

Gestão ESG no agronegócio
Em 2020, o PIB (Produto Interno Bruto) do agronegócio cresceu consideravelmente, ocupando 26,6% do PIB do país. Por ser uma área importante na economia do Brasil boas práticas de administrações precisam ser implantadas nas empresas de agro, para garantir vitalidade e lucratividade.
Adotando boas práticas e soluções eficazes o agronegócio pode ser um forte aliado do meio ambiente, o que atende a um dos pilares da ESG, visto que um dos maiores desafios dos agricultores é encontrar alta rentabilidade em práticas verdes.
No campo social, o agronegócio é um dos setores que mais contrata no país por isso, é relevante que haja oportunidades para todos, além de prezar pela diversidade da equipe, respeitar as leis trabalhistas e direitos humanos.
Saiba mais sobre governança X ESG.

Referências
¹ O QUE É ESG? VEJA POR QUE O MERCADO VALORIZA O INVESTIMENTO SUSTENTÁVEL. Blog Toro Investimentos, 27 de setembro de 2022. Disponível em: https://blog.toroinvestimentos.com.br/bolsa/o-que-e-esg. Acesso em: 27 de setembro de 2022.
MENEZES, Isadora. ESG e agronegócio: o que você precisa saber. Blog Sensix, 27de jul. de 2022. Disponível em: https://blog.sensix.ag/esg-e-agronegocio-o-que-voce-precisa-saber/. Acesso em: 28 de setembro de 2022.
TORRES, Luisa. ESG e sua relação com o Agronegócio. Syngenta Digital, 27 de maio de 2022. Disponível em: https://blog.syngentadigital.ag/esg-e-o-agronegocio/. Acesso em: 28 de setembro de 2022.
DESCOMPLICANDO O SIGNIFICADO DE ESG: ENTENDA ESSE CONCEITO. Raízen, 20 de agosto de 2021. Disponível em: https://www.raizen.com.br/blog/esg-significado#:~:text=A%20sigla%20ESG%20vem%20do,externamente%2C%20para%20analis%C3%A1%2Dla.. Acesso em: 27 de setembro de 2022.
ESG: O QUE SIGNIFICA E QUAL É A IMPORTÂNCIA DESSE CONCEITO. Associação Comercial de São Paulo. Disponível em https://acsp.com.br/publicacao/s/esg-o-que-significa-e-qual-e-a-importancia-desse-conceito. Acesso em: 27 de setembro de 2022.

Agro gera 27% do PIB e é setor seguro e promissor para quem quer investir; veja oportunidades

agro gera 27% do PIB e é setor seguro e promissor para quem quer investir; veja oportunidades

O agro no Brasil se fortalece cada dia mais e, hoje, é um dos setores mais sólidos e rentáveis para se investir. Em menos de cinco décadas, o país deixou de ser apenas um importador para se tornar um dos mais proeminentes exportadores de commodities agrícolas do mundo. Tecnologia aplicada ao campo (do desenvolvimento de sementes ao uso da inteligência de dados para o monitoramento da produtividade) fizeram a produção por hectare crescer.

Mas nem sempre foi assim: segundo um estudo da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), em meados do século passado, a agricultura brasileira ainda era rudimentar e feita no braço. Apenas 2% das propriedades contavam com máquinas agrícolas. Também se sabia pouco sobre como melhor aproveitar os solos tropicais; culturas como a soja eram apenas uma “curiosidade” e a produção pecuária no final da década de 1950 se configurava como uma das mais baixas do mundo.

CONHEÇA AS OPORTUNIDADES DO AGRO, UM DOS PRINCIPAIS SETORES DA ECONOMIA BRASILEIRA

Brasil ganhou fôlego e o campo tornou-se mais eficiente através de uma série de estratégias que passam pelo investimento em pesquisa e pelas políticas públicas para o setor rural. Um bom exemplo da guinada é o das safras de grãos. Elas geravam 38 milhões de toneladas em meados dos anos 1970 e, num intervalo de 42 anos, chegaram a render 236 milhões de toneladas anuais. Um crescimento de seis vezes aplicado apenas aos dobro da área plantada. Essa montanha de cereais e leguminosas é só um dos pontos atrativos para esse mercado em ascensão.

Panorama atual em números
Desde 1996, o Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio brasileiro é calculado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea – Esalq/ USP) em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). No biênio 2020-21, a cifra alcançou recordes e, em 2020, seu crescimento bateu 24% em relação aos ganhos de 2019 e representava 26,6% de todo o PIB brasileiro. Em 2021 a participação chegou 27,4%. Esses números consideram conjuntamente as evoluções de volume e preços reais praticados no setor e englobam todo o agronegócio com sua gama imensa de oportunidades nos segmentos agrícola e pecuário, de insumos, agroindústria, agrosserviços etc..

Ainda de acordo com o Cepea/USP – baseado em microdados da PNAD -Contínua e da RAIS -, de janeiro a março de 2022, a população ocupada no agronegócio brasileiro aumentou 6,2% e chegou a 18,74 milhões de pessoas. É um incremento de mais de um milhão de trabalhadores em relação ao mesmo período de 2021. O grupo empregado no agro chega quase a 20% do total da participação do mercado de trabalho no país.

Não é bi, é TRI
Se você tem um negócio que pode se encaixar nessa fatia da economia nacional, a EXAME oferece outros números impressionantes: o Valor Bruto da Produção (VBP), que pode ser traduzido como o faturamento “da porteira pra dentro”, alcançou R$ 1,10 trilhão em 2020 e R$ 1,20 trilhão em 2021. A estimativa, elaborada em dezembro último pela CNA, prevê ainda um crescimento de 4,2% para 2022. Tais cifras polpudas ajudam a fazer do Brasil uma potência no comércio exterior.

O AGRO É COMO UMA GRANDE FAMÍLIA DO INTERIOR: TEM MAIS UM LUGAR NA MESA, INCLUSIVE, PRO SEU NEGÓCIO. VENHA CONHECER AS OPORTUNIDADES DO SETOR

Relatório da Organização Mundial do Comércio (OMC), publicado em abril, coloca nosso país na 25a posição entre os maiores exportadores mundiais. Foram US$ 281 bilhões no último ano. Dentro do campo do agro, a soja cresceu 35,5% em 2021. Nos primeiros meses de 2022 – de janeiro a abril -, a balança comercial do agronegócio brasileiro registrou superávit de US$ 43,7 bilhões, mesmo em um cenário mundial crítico.

Os dados divulgados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em maio, registram ainda a alta de 34,9% nas exportações do setor, em comparação com o mesmo período do ano anterior. A soja (grão, farelo e óleo) continua na ponta, mas o destaque fica para o incremento na exportação de carne bovina, puxada pela alta demanda chinesa: o preço médio avançou 27,9% em comparação com abril de 2021 e teve aumento de 22,1% na quantidade.

Grandes cifras, grandes desafios
Se a partir da década de 1950, o desafio de organizar o setor agropecuário começou a ser vencido, grande parte da responsabilidade é do mix de investimentos em pesquisa agrícola, aliado à assertividade de políticas públicas e à competência dos agricultores. Já nos anos 1990, o fator extra se deu pela implementação de políticas macroeconômicas como controle da inflação e taxas de câmbio um pouco mais equilibradas.

A grandiosidade do país e o privilégio das condições ambientais foram usados de forma clínica. Porém, hoje a manutenção de melhores taxas produtivas deve estar alinhada à uma agricultura inteligente – com máquinas, digitalização das informações e técnicas que ajudem a otimizar plantio, manejo, colheita, armazenagem e escoagem – bem como um olhar que possibilite um agro sustentável, preocupado com ESG, mudanças climáticas e agenda ambiental.

Um caminho de chão batido que ainda tem muito a oferecer e a ser trilhado, com boas oportunidades para empresas em duas grandes frentes: a que desenvolve e comercializa tecnologia, maquinário e implementos agrícolas,. – este ano, o setor de tratores, colheitadeiras e afins deve movimentar cerca de R$ 100 bilhões –, além das que capacitam trabalhadores.

E a área, em franco desenvolvimento, voltada às soluções sustentáveis como produção de biofertilizantes e biodefensivos ou mesmo fazendas que combinam culturas para o equilíbrio biológico da produção de várias culturas.

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Fonte: Exame

Lodo é transformado em fertilizante em ETE de Canoas

Lodo é transformado em fertilizante em ETE de Canoas

O processo de tratamento de esgoto na Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Mato Grande, em Canoas, gera, mensalmente, em torno de 600 toneladas. Todo o volume está sendo reaproveitado em compostagem orgânica pela Ecocitrus, empresa que atende 100 agricultores familiares. A iniciativa reforça os esforços da Ambiental Metrosul em reduzir a utilização dos aterros sanitários como destino final do lodo e o seu comprometimento com a preservação ambiental, um dos pilares que norteiam a atuação.
Conforme o gerente de Operações da empresa, Stenio Cangussu, o efluente é rico em nutrientes, e com o seu aproveitamento por meio da compostagem, é possível cumprir o clico ambiental dando uma destinação limpa e sustentável ao resíduo gerado. A Ambiental calcula que são cerca de 170 piscinas olímpicas de esgoto que são tratados ao mês no município, deixando de poluir o meio ambiente.
Nesse sentido, na Estação Mato Grande – uma das principais estações do sistema de esgotamento administrado pela terceirizada, está sendo projetado um centro de compostagem próprio que também vai transformar o lodo em material orgânico. Um dos destinos do composto será a doação a pequenos produtores agrícolas por meio de parcerias com ONGs voltadas à agricultura familiar na Região Metropolitana de Porto Alegre. “Nosso objetivo é que, em médio prazo, maior parte do lodo gerado nas estações de tratamento nos nove municípios atendidos pela empresa seja reaproveitado no nosso centro de compostagem”, destaca Stenio.
A cobertura que está sendo implantada nos três leitos de secagem vai garantir que o lodo da respectiva ETE não tenha contato com condições climáticas desfavoráveis para o processo, principalmente a chuva. Isso permitirá que o lodo desague mais rápido e alcance, em menos tempo, o nível de umidade ideal para a compostagem (entre 50 e 60%). Atualmente, o nível de umidade do lodo que sai do tanque de decantação para os leitos é de aproximadamente 85%, quase líquido.
A coordenadora de Meio Ambiente da Metrosul, Fernanda Cenci, comenta que a compostagem exige lodo em estado semissólido, mais pastoso, e com a estufa se obtém o ponto ideal mais rápido, tornando o processo mais dinâmico e eficiente. “A estrutura vai permitir maior controle operacional do resíduo, pois sem a interferência da chuva saberemos o tempo exato de permanência do lodo no leito de secagem para alcançar o grau de umidade ideal”. A empresa também firmará convênios com universidades para o desenvolvimento de pesquisas com foco em novos usos do lodo além do fertilizante, como o biogás, por exemplo, e outras possibilidades que diminuam e até mesmo eliminem a utilização de aterros sanitários para destinação final do resíduo.

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Fonte: Jornal Cidade