Tecnologia seleciona sementes de soja de melhor qualidade

Tecnologia seleciona sementes de soja de melhor qualidade

A tecnologia visa auxiliar o produtor rural a perder menos sementes de soja e, consequentemente, evitar prejuízos econômicos.

Com as mudanças climáticas globais os produtores de soja têm se deparado com novos problemas na lavoura. Estes, têm resultado em grandes prejuízos econômicos. Um deles é a formação de sementes esverdeadas, em contraste com as de coloração amarela, próprias para a comercialização.

Esse fenômeno é causado pela retenção de clorofila na semente e no grão em função de variações climáticas nas lavouras, como a ocorrência de temperaturas extremas e a falta de chuva no período de desenvolvimento da semente de soja. Além disso, há fatores genéticos, explica Edvaldo Aparecido Amaral da Silva, professor da Faculdade de Ciências Agrárias da Universidade Estadual Paulista (Unesp), campus de Botucatu.

“O problema da semente verde causa 10% de perda na produção de soja por ano. Isso representa 36 milhões de toneladas perdidas do grão e US$ 12 bilhões de prejuízo econômico anualmente”, disse Amaral.

Melhor semente de soja
Por meio de um projeto selecionado para uma das chamadas conjuntas lançadas em bioeconomia, o pesquisador estabeleceu uma colaboração com colegas da Wageningen University and Research, dos Países Baixos, e da Embrapa Soja, com o objetivo de avançar no entendimento dos mecanismos básicos associados à degradação da clorofila nas oleaginosas – um dos principais fatores limitantes para o desenvolvimento de soluções para o problema da semente verde.

A tecnologia resultou no desenvolvimento de marcadores moleculares (SNPs, na sigla em inglês). Eles possibilitam selecionar precocemente genótipos da oleaginosa com tolerância à formação de sementes verdes.

Dessa forma, para desenvolver a tecnologia, os pesquisadores analisaram os cerca de 60 mil genes da soja e encontraram dez genes candidatos. Então, um deles revelou-se o mais promissor para evitar o problema da semente verde.

“Nossa expectativa é reduzir de treze para seis anos o tempo de espera para se obter uma nova cultivar de soja que não apresente o problema da semente verde”, afirmou Amaral da Silva.

Renovação da cooperação científica
A FAPESP e a NWO mantêm um acordo de cooperação científica desde 2012. Ele teve sua renovação no início de novembro de 2022 por mais cinco anos.

O objetivo da parceria é estimular a colaboração em pesquisa de longo prazo entre o Brasil e os Países Baixos. Isto é feito por meio do financiamento de pesquisas conjuntas com o intuito de fortalecer a posição internacional em ciência dos países e o impacto global dos resultados.

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Fonte: Canal Rural

Uso sustentável do bambu nativo do Acre é alternativa para a economia local

Uso sustentável do bambu nativo do Acre é alternativa para a economia local

O assunto foi um dos destaques do IV Seminário Nacional do Bambu, realizado nos dias 16 e 18 de novembro, em Pirenópolis, Goiás. O Estado do Acre tem a maior mancha contínua de bambu nativo do Brasil, com 11 milhões de hectares de floresta com a presença da planta.

O Estado do Acre tem a maior mancha contínua de bambu nativo do Brasil, com 11 milhões de hectares de floresta com a presença da planta. O assunto foi um dos destaques do IV Seminário Nacional do Bambu, realizado nos dias 16 e 18 de novembro, em Pirenópolis, Goiás.

O evento contou com a participação do pesquisador da Embrapa Acre, Eufran Amaral, que apresentou o mapeamento da ocorrência da planta no estado e resultados de pesquisa desenvolvidas pela Empresa. “Muitas das espécies encontradas ainda são novas para a ciência. Também enfocamos, na palestra, as potencialidades de uso já obtidas e a regulamentação pioneira no Acre, uma referência para outros Estados. Também fomos eleitos membros do Conselho Fiscal da Rede Brasileira do Bambu, o que implica em novas oportunidades para o tema Bambu do Acre no contexto nacional”, ressalta.

Uma portaria normativa, de 2017, institui o termo de referência para licenciamento ambiental da atividade de exploração e manejo de bambu no Acre, além do Zoneamento Ecológico e Econômico (ZEE). “Sem a exploração sustentável do bambu, estima-se que deixem de circular 6,4 bilhões de recursos no Acre. Seria um aporte de mais de 50% no Produto Interno Bruto (PIB) atual, e seis vezes o PIB agropecuário acreano. Novas pesquisas e inovação devem ser viabilizadas de maneira focada e sinérgica para avançar no manejo do bambu existente nas florestas acreanas”, declara Amaral.

Segundo o pesquisador, o uso sustentável desses recursos naturais é uma alternativa para fortalecer a economia local, com ganhos ambientais e sociais, pois beneficiaria pessoas que moram em projetos de assentamentos rurais, e possibilitaria a criação de cooperativas de produtos, geração de energia e construção civil. “Estima-se que possa render cerca de 25.000,00 por família”, afirma.

Os municípios do estado do Acre com maiores áreas de bambu são Feijó, Sena Madureira, Tarauacá, seguidos de Marechal Thaumaturgo, Manoel Urbano e Rio Branco. As florestas de bambu abrangem em torno de 62% do território acreano, com ocorrência dominante e pura no sub-bosque em cerca de 28% do território.

Visão de futuro
O aproveitamento do bambu nativo do Acre pode contribuir para a melhoria da qualidade de vida da população rural e urbana, uma vez que gera emprego e renda, e reduz os passivos ambientais através da recuperação de áreas degradadas e da cobertura florestal de áreas desmatadas. De uso múltiplo, a planta pode ser aproveitada na indústria de alimentos, na construção civil, indústria de cosméticos e segmentos de móvelaria e artesanatos entre outras aplicações.

O processo de produção da madeira de bambu inclui manejar, coletar, produzir e secar as astes retiradas da planta. Sua transformação envolve etapas como classificação, beneficiamento e embalagem. A fase de comércio envolve o transporte, distribuição, estratégias de marketing e outros procedimentos essenciais para conquistar compradores. “O bambu é um produto bioeconômico, ou seja, representa um capital sustentável que reúne diferentes setores da economia e está entre as alternativas de produção sustentável indicadas pelo Zoneamento Ecológico Econômico. Entretanto, necessita de investimentos iniciais como mão de obra e mapeamento local”, diz Amaral.

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Fonte: Portal do Agronegócio

Oportunidades de emprego no agronegócio quase dobram em um ano

Oportunidades de emprego no agronegócio quase dobram em um ano

O agronegócio foi responsável por quase um terço do Produto Interno Bruto do Brasil (PIB) em 2021, alcançando 27,4%. Essa é a maior fatia do PIB desde 2004.

Os dados são do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq USP, em parceria com a CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil).

O setor do agronegócio vem batendo recordes sucessivos nos últimos anos, e o bom desempenho reflete uma maior demanda no mercado de trabalho. Um levantamento feito pelo site Empregos.com.br apontou um crescimento de 96,4% no número de vagas disponíveis.

Em 2019, a plataforma registrou 2.200 oportunidades de emprego nesta área, enquanto 2022 o número de postos de trabalho abertos chegou a 4.321. Atualmente, o site está com 425 vagas abertas no setor.

Os cargos que mais precisam de profissionais são: representante comercial, motorista e operador de máquinas. O setor também cresce em áreas como tecnologia, estratégia e marketing.

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Fonte: CNN Brasil