Produtividade da lavoura de café cresce 38% em dez anos, aponta Fiesp

Produtividade da lavoura de café cresce 38% em dez anos, aponta Fiesp

Estudo lançado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) revela que, na última década, a produtividade média em valor (R$/ha) das propriedades de café do Brasil teve uma alta de 38%. De acordo com o levantamento Agronegócio do Café – Produção, Transformação e Oportunidades, o setor gerou, em média, R$ 16,8 mil por hectare no período de 2008-2011 e alcançou R$ 21,7 mil por hectare na média do intervalo de 2018-2021.

Em termos de volume colhido, a produtividade média brasileira foi de 30,0 sacas/ha em 2018-2021, enquanto em 2008-2011 o indicador foi de 21,1 sacas/ha, expansão de 42,5%. Apesar da redução na área plantada, o setor investiu em tecnologia e ganhou eficiência através do incremento do número de árvores plantadas e adensamento dos pés em produção, proporcionando o aumento do volume da produção.

Nos últimos dez anos, a produção de café teve um salto de 25,3%, considerando a bienalidade positiva e negativa. Na média das safras de 2008/2009 a 2011/2012, a produção brasileira saiu de 44,3 milhões de sacas de 60 quilos, para uma média de 55,4 milhões de sacas entre 2018/2019 e 2021/2022 (CONAB).

Esses números sugerem uma evolução nos fatores de produção, com melhoramento genético, boas práticas agrícolas e boa infraestrutura das propriedades. Investimentos em máquinas, equipamentos e implementos agrícolas tornaram possível o aumento na produtividade, na produção e no valor gerado.

Contribui também para o cenário positivo da atividade o crescimento de 38% no Valor Bruto da Produção Agrícola (VBPA) entre 2022 (R$ 54,8 bilhões) e a média dos últimos quatro anos, 2018-2021 (R$ 39,8 bilhões). Na comparação entre os períodos de 2018-2021 e 2008-2011, a alta foi de 13%.

Minas Gerais se consolidou como o maior produtor de café nacional, com cerca de 50% do total produzido no Brasil (CONAB). O estado ocupa a segunda posição entre os estados com maior produtividade e o primeiro lugar em termos de valor de produção, com mais da metade do VBPA do setor.

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Fonte: Notícias Agrícolas

O Agronegócio deve ter maior crescimento desde 2017, dizem economistas

Agronegócio deve ter maior crescimento desde 2017, dizem economistas

Após recuar em 2022, o agronegócio deve voltar a crescer e a ser o motor – talvez o único – da economia em 2023. O Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getulio Vargas (FGV-Ibre), calcula que o PIB do setor avançará 8% neste ano, depois de encolher 2% em 2022. Se o número se confirmar, será o maior crescimento do setor desde 2017, quando a alta foi de 14,2%. Já o Santander, que espera queda de 0,3% para este ano, estima expansão de 7,5% para o próximo.

Parte do resultado positivo estimado para 2023 será apenas efeito da comparação com um 2022 fraco, explicam os economistas. Por outro lado, a safra esperada para este ano deve ser recorde, o que justifica uma projeção otimista. Dados de prognóstico de produção agrícola do IBGE apontam que a safra de grãos, cereais e leguminosas deve alcançar 293,6 milhões de toneladas em 2023, o que significará uma alta de 11,8% em relação a 2022.

Para o Ibre, o setor será o único a crescer de forma expressiva neste ano, quando o PIB do país deve ficar praticamente estagnado. “Nossa projeção de PIB está abaixo do mercado. Tem casas que apontam 1%. Nós estamos com 0,2%, isso com o agro, que é 10% do PIB, avançando 8%. Então projetamos uma queda pesada da atividade em geral”, diz Marina Garrido, economista do Ibre.

Safra
A alavanca da economia, portanto, deverá ser principalmente a soja e o milho. O economista Gabriel Couto, do Santander, lembra que a safra de milho de 2021 foi comprometida pela seca e que, em 2022, o problema foi com a soja. A expectativa agora é ter safras boas de soja e de milho. “Se tivermos a safra de soja cheia, que é o que esperamos, isso impulsionará o PIB agrícola.”

Segundo Couto, o Santander não espera que a desaceleração global prevista para 2023 tenha impacto no resultado do agronegócio brasileiro por ora. “Não estamos vendo o produtor tirando o pé do acelerador. Ainda que ele resolva estocar grãos, a produção estará lá. O impacto do desaquecimento da economia global tende a ser no médio prazo.”

Presidente do conselho diretor da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), Luiz Carlos Corrêa Carvalho afirma que, como os produtores conseguiram plantar soja e milho na época correta, a tendência é que a colheita de 2023 seja boa e que o valor bruto da produção cresça ao menos 5%, ficando acima de R$ 1,3 trilhão. Além da soja e do milho, ele destaca que as produções de cana-de-açúcar, frutas e hortaliças também estão indo bem.

Clima
O presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja), Antonio Galvan, porém, afirma que as previsões dos economistas são feitas seguindo a lógica de que o clima vai favorecer a produção, o que não ocorreu nos últimos anos. “Ter uma safra recorde, como se espera, é questão exclusiva de clima. Temos condições técnicas de fazer essa safra anunciada, só que é cedo para dizer que ela será realidade. Nos últimos anos, enfrentamos problemas de clima e tivemos perdas grandes.”

Segundo Couto, a previsão que se fazia em 2021 para o setor agrícola em 2022 era de uma alta superior a 5%. Conforme os meses foram passando, o número foi sendo revisto para baixo, até chegar à atual retração de 0,3%. Ele pondera, no entanto, que as secas que prejudicaram o setor nos últimos dois anos podem estar relacionadas ao fenômeno La Niña, que deve perder força a partir do segundo trimestre de 2023.

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Fonte: CNN

Brasil se prepara para alcançar topo do mercado de algodão

Brasil se prepara para alcançar topo do mercado de algodão

Unindo sustentabilidade, tecnologia e qualidade, o mercado de algodão brasileiro vem se mostrando altamente competitivo, ganhando cada vez mais força entre os compradores internacionais.

A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) e a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), por meio do Projeto Setorial Cotton Brazil, realizaram diversas ações nos últimos anos que ajudaram a desenvolver novos mercados e reforçaram a imagem de um algodão responsável no comércio exterior.

Segundo dados da Abrapa, o Brasil ocupa a segunda posição do ranking das exportações, fornecendo 20% de todo o algodão exportado no mundo. É o sétimo maior setor de saída do agronegócio brasileiro em termos de valor: foram cerca de 1,68 mil toneladas de pluma exportadas no ano comercial de 2021/22, gerando uma receita de US$ 3,2 bilhões.

Além disso, o mercado asiático importa 99% da produção brasileira, com China (27%), Vietnã (16%), Turquia (13%) e Bangladesh (12%) sendo os principais destinos, seguidos do Paquistão, Indonésia, Malásia, Coreia do Sul, Índia e Tailândia.

Investimento em pesquisa de ponta não falta muito para tornar a cotonicultura brasileira a melhor do mundo. “Através de pesquisa, tecnologia, genética, manejo de campo e equipamentos de verificação laboratoriais precisos, a cada ano temos melhorado a nossa qualidade. Hoje podemos dizer que somos compatíveis com os melhores algodões do mundo, com produção em larga escala”, explica o diretor de relações internacionais da Abrapa, Marcelo Duarte.

Cotton Brazil
Junto com a Abrapa, a ApexBrasil executa o Cotton Brazil, programa que promove o algodão brasileiro internacionalmente e apoia as produtoras algodoeiras a alcançarem mercados estrangeiros. Dados da Agência apontam que as exportações do setor alcançaram US$ 3,4 milhões até novembro de 2022, um crescimento de 15% ao mesmo período do ano passado. Mais de 70% desse valor de exportação foi de empresas apoiadas pelo Projeto.

Para fortalecer o relacionamento com o mercado prioritário, o projeto ganhou um escritório de representação em Singapura, coordenado por Duarte. Já foram executadas ações de networking, parcerias institucionais, convênios comerciais entre o Brasil e países deste mercado, tais como China e Índia, eventos híbridos e missões comerciais.

Somente em 2022, foram realizadas três missões prospectivas de produtores aos países importadores e uma missão de visita de compradores a fazendas, laboratórios e algodoeiras brasileiras. A analista da gerência de agronegócio da ApexBrasil, Rafaela Albuquerque, destaca que a instalação do escritório do Projeto in loco foi fundamental para o estreitamento das relações comerciais com os países asiáticos e para o fortalecimento da imagem internacional do setor.

Para o diretor da Abrapa, “não seria possível ter um projeto tão robusto e tão abrangente sem a participação da agência”. Esta parceria chancelou o reconhecimento do produto perante representantes no exterior e clientes estrangeiros.

“Até duas décadas atrás, o Brasil era o principal importador de algodão, mas com o investimento em inovação e otimização da produtividade, aliado a uma robusta estratégia de promoção internacional, o Brasil caminha para a liderança nas exportações do setor”, frisa Rafaela.

Segundo a analista, o Brasil ganhou uma escala significativa de produção com a rotatividade de safras, viabilizando uma cultura que atende aos mais altos padrões de sustentabilidade demandados de forma crescente pelo mercado mundial.

Selo de sustentabilidade
Em 2012, a Abrapa desenvolveu uma iniciativa para certificar o algodão brasileiro atendendo às diretrizes internacionais de sustentabilidade. Trata-se do programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR), que permite a rastreabilidade da origem do produto através da tecnologia de Blockchain, uma tecnologia que funciona como uma grande rede de dados atrelados uns aos outros que garantem confiabilidade ao usuário por trazer transparência sobre a produção.

Isso permite ao consumidor um fácil acesso ao conhecimento do processo completo, desde o plantio do algodão certificado até a venda do produto final, por meio da leitura de um QR Code em uma etiqueta “SouABR”.
100% dos fardos exportados pelo Brasil podem ser rastreados via código de barras ou QR Code. A prática já vem sendo utilizada no setor alimentício, mas no setor de moda, a iniciativa do SouABR é pioneira no mundo.

De acordo com a Associação, o Brasil possui o maior mercado de algodão mundial Better Cotton Initiative (BCI), certificação internacional de referência na cadeia produtiva mundial do algodão, representando 42% da oferta mundial. Várias marcas brasileiras relevantes, como Renner, Reserva e Youcom, têm adotado nas etiquetas de alguns produtos o QR Code com a rastreabilidade do algodão.

O objetivo do Projeto-R é que, até 2030, o Brasil se torne o maior exportador do mundo de algodão levando sustentabilidade, rastreabilidade e qualidade para o mercado internacional.

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Fonte: Canal Rural