Código das melhores práticas de Governança Corporativa

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O IBGC publicou em 01/08/23 a 6ª Edição do Código das Melhores Práticas de Governança Corporativa, fato importante na contextualização desse tema ao momento atual vivido em geral pelas empresas no Brasil e em particular pelas empresas familiares, especialmente dentro de um ambiente marcado por relevantes fatores exógenos, entre os quais a pandemia, guerra na Ucrânia, volatilidade de preços das commodities, crescimento da AI, entre tantos outros.

Há uma grande incidência de empresas que, na transição da geração de fundadores para a segunda geração, acabam perecendo ou mudando de controle, pelo fato de não haver adotado os critérios corretos e um olhar focado na sustentabilidade do negócio no longo prazo, em especial nesse novo ambiente de negócios.

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Precisamente nesse ponto está centrada uma das mais importantes alterações do Código do IBGC, ao incluir um capítulo específico sobre sustentabilidade nesta nova edição, pilar que já vinha sendo trabalhado pela Agsus em seu modelo de implementação do processo de governança.

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Você sabe o que é Agricultura Regenerativa?

Você sabe o que é Agricultura Regenerativa

O projeto NewGrain tem total relação com a Agricultura Regenerativa, mas você saber o que isso quer dizer?

A agricultura regenerativa é uma abordagem inovadora e sustentável que visa restaurar a saúde dos ecossistemas agrícolas, aumentar a resiliência das terras cultivadas e promover a segurança alimentar a longo prazo. Em contraste com os métodos convencionais de agricultura, que muitas vezes resultam em degradação ambiental, perda de biodiversidade e esgotamento dos recursos naturais, a agricultura regenerativa busca criar sistemas agrícolas que se assemelham mais aos ecossistemas naturais.

Essa abordagem coloca ênfase na conservação e no aumento da saúde do solo, considerando-o como um organismo vivo essencial para o funcionamento de todo o ecossistema agrícola. Através de práticas como a rotação de culturas, a cobertura do solo com plantas de cobertura, o uso de compostagem e a não utilização de agrotóxicos, busca-se fortalecer a estrutura do solo e aumentar a sua capacidade de reter água e nutrientes.

Os benefícios da agricultura regenerativa são diversos. Ela pode aumentar a resiliência dos sistemas agrícolas às mudanças climáticas, reduzindo a necessidade de insumos externos, como fertilizantes e pesticidas, e consequentemente diminuindo os custos de produção. Além disso, uma prática regenerativa pode resultar em solos mais férteis e produtivos ao longo do tempo, auxiliando na segurança alimentar global.

No entanto, a transição para a agricultura regenerativa não é simples, pois requer mudanças nos métodos de produção e na mentalidade dos produtores. Além disso, é essencial considerar as diferentes realidades climáticas, geográficas e culturais ao implementar essas práticas em diferentes regiões do mundo.

Em resumo, a agricultura regenerativa é uma abordagem transformada que visa não apenas sustentar a produção de alimentos, mas também regenerar os recursos naturais e a biodiversidade, proporcionando benefícios, para os agricultores e para a sociedade como um todo. É uma forma esperançosa de agricultura que nos desafia a repensar nossas práticas agrícolas e nos comprometemos com um futuro mais equilibrado e sustentável.

A importância de projetos, como NewGrain, na recuperação de pastagens degradadas

A importância de projetos, como NewGrain, na recuperação de pastagens degradadas

O Projeto NewGrain cria valor na aquisição de áreas de pasto degradado, que serão corrigidas através do conceito de Agricultura Regenerativa e transformadas em áreas produtivas para a produção sustentável de grãos. Diante disso, um estudo desenvolvido pelo Observatório de Conhecimento e Inovação em Bioeconomia da Fundação Getulio Vargas (FGV) revela que 18,94% do território brasileiro é composto por áreas de pastagens. Isso corresponde a aproximadamente 160 milhões de hectares. Deste total, 52% apresentam algum nível de degradação (cerca de 89 milhões de hectares), sobretudo, na Amazônia e no Cerrado.

Para recuperar e reformar todas as áreas de pastagem que apresentam algum nível de degradação seriam necessários, aproximadamente, R$ 383,77 bilhões. Entretanto, a implementação de tecnologias de recuperação de pastagens degradadas teria o potencial de gerar receitas mais do que suficientes para compensar esses custos.

Áreas de pastagem entre os seis biomas brasileiros e áreas de pastagem, por nível de degradação, entre os biomas brasileiros

Notícias NewGrain A importância de projetos como NewGrain na recuperação de pastagens degradadas

Fonte: Observatório de Conhecimento e
Inovação em Bioeconomia da FGV,
com base em dados do MapBiomas.


Os resultados do estudo mostram que os custos de recuperação, reforma e manutenção de pastagens diferem não apenas em relação à localização geográfica e condições edafoclimáticas, mas, sobretudo, de acordo com o nível de degradação.

“Um aspecto importante e que irá condicionar a escolha da estratégia de recuperação a ser adotada é o nível de degradação apresentado pela pastagem. Os diferentes níveis de degradação tornam necessários níveis também distintos de intervenção para que a recuperação seja realizada. Por exemplo, áreas em estágios iniciais de degradação exigem menor intervenção e menores custos operacionais a fim de conter a redução da produtividade. Por outro lado, se o processo de degradação se encontra em estágio avançado, são necessárias ações mais intensivas e dispendiosas, uma vez que, o alto grau de degradação compromete a capacidade de manter a produção e a qualidade da forragem e a resistência aos efeitos nocivos de doenças, pragas e plantas invasoras. Portanto, definir estratégias de recuperação, reforma ou renovação associadas ao estágio de degradação observado é fundamental”, afirma Sabrina de Matos Carlos, pesquisadora do Observatório de Conhecimento e Inovação em Bioeconomia da Fundação Getulio Vargas.

Custos médios (R$/ha) de tecnologias de recuperação/reforma e manutenção de pastagens nos biomas brasileiros.

Notícias NewGrain A importância de projetos como NewGrain na recuperação de pastagens degradadas
Fonte: Observatório de Conhecimento
e Inovação em Bioeconomia da FGV

Em resumo, o custo médio para recuperar um hectare de pastagem em estágio moderado de degradação variou entre R$979,42 e R$1.541,37. Por sua vez, o custo médio para reformar um hectare de pastagem severamente degradada variou entre R$1.563,31 e R$2.100,71.

Os custos operacionais incorridos no processo de recuperação, reforma e manutenção devem-se, principalmente, à etapa do plantio, sobretudo, em função do uso de fertilizantes. No caso das pastagens em estágio severo de degradação, também são expressivos os custos com implementos. Para recuperar e reformar todas as áreas de pastagem que apresentam algum nível de degradação seriam necessários, aproximadamente, R$383,77 bilhões.

Custos médios de tecnologias de recuperação/reforma de todas as áreas de pastagens degradadas nos biomas

Notícias NewGrain A importância de projetos como NewGrain na recuperação de pastagens degradadas

Fonte: Observatório de Conhecimento
e Inovação em Bioeconomia da FGV

Entre as regiões brasileiras, a Região Sudeste é aquela que apresenta os menores custos de implementação de tecnologias de recuperação e reforma de pastagens degradadas. Essa particularidade está fortemente relacionada ao fato de, aproximadamente, 60% das áreas de pastagens degradadas da região estarem localizadas no bioma Mata Atlântica, onde os preços dos fertilizantes e corretivos são relativamente menores.

O estudo aponta ainda que caso o Brasil implementasse as metas definidas no Acordo de Paris de recuperar 15 milhões de hectares de pastagens degradadas até 2030, com o objetivo de reduzir as emissões líquidas totais de gases de efeito estufa, seria necessário investir, aproximadamente, R$21,17 bilhões e os custos maiores estariam nos estados de São Paulo, Pernambuco e Ceará. No cenário atual, a receita proveniente da recuperação seria de R$36,77 bilhões, gerando assim um excedente de R$15,60 bilhões. Considerando um cenário menos otimista, a receita seria de R$21,75 bilhões, significativamente inferior àquela obtida no cenário atual, mas ainda assim haveria retorno positivo com a adoção de tecnologias de recuperação de R$581,25 milhões.

Sobre o Plano ABC+, que tem como objetivo recuperar 30 milhões de hectares de pastagens degradadas, entre 2020 a 2030, seriam necessários, aproximadamente, R$42,51 bilhões, em 22 estados brasileiros e no Distrito Federal. Nesse caso, os maiores custos de recuperação estariam associados aos Estados de Tocantins, São Paulo, Pernambuco e, principalmente, aos Estados de Goiás e Rondônia (nos quais seriam investidos cerca de R$11 bilhões). “ Esses resultados mostram como ainda é tímida a alocação de recursos do plano safra na Agricultura ABC. No plano de 2022 o valor foi de 2% do total do plano. Em 2023 foi menor, 1,8%. Com o avanço do mercado voluntario de carbono, a recuperação de pastagens tem uma grande possibilidade de gerar renda para a pecuária”, afirma Eduardo Assad, pesquisador do Observatório de Conhecimento e Inovação em Bioeconomia da Fundação Getulio Vargas.

No cenário atual, a receita potencial advinda da recuperação de 30 milhões de hectares seria de R$75,55 bilhões resultando em um lucro de R$33,04 bilhões. Um cenário menos otimista, por sua vez, promoveria uma receita de R$44,69 bilhões e, consequentemente, um excedente de R$2,18 bilhões.

Os resultados do estudo evidenciam que a implementação de tecnologias de recuperação de pastagens degradadas teria o potencial de gerar receitas mais do que suficientes para compensar os custos incorridos na recuperação de 15 e 30 milhões de hectares de pastagens. Portanto, dados as externalidades ambientais positivas e os benefícios econômicos que pastagens recuperadas podem promover, a tecnologia de recuperação de pastagens degradadas pode ser um instrumento efetivo e viável para potencializar a descarbonização do setor pecuário.

Acesse o estudo completo no site

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