Uso sustentável do bambu nativo do Acre é alternativa para a economia local

Uso sustentável do bambu nativo do Acre é alternativa para a economia local

O assunto foi um dos destaques do IV Seminário Nacional do Bambu, realizado nos dias 16 e 18 de novembro, em Pirenópolis, Goiás. O Estado do Acre tem a maior mancha contínua de bambu nativo do Brasil, com 11 milhões de hectares de floresta com a presença da planta.

O Estado do Acre tem a maior mancha contínua de bambu nativo do Brasil, com 11 milhões de hectares de floresta com a presença da planta. O assunto foi um dos destaques do IV Seminário Nacional do Bambu, realizado nos dias 16 e 18 de novembro, em Pirenópolis, Goiás.

O evento contou com a participação do pesquisador da Embrapa Acre, Eufran Amaral, que apresentou o mapeamento da ocorrência da planta no estado e resultados de pesquisa desenvolvidas pela Empresa. “Muitas das espécies encontradas ainda são novas para a ciência. Também enfocamos, na palestra, as potencialidades de uso já obtidas e a regulamentação pioneira no Acre, uma referência para outros Estados. Também fomos eleitos membros do Conselho Fiscal da Rede Brasileira do Bambu, o que implica em novas oportunidades para o tema Bambu do Acre no contexto nacional”, ressalta.

Uma portaria normativa, de 2017, institui o termo de referência para licenciamento ambiental da atividade de exploração e manejo de bambu no Acre, além do Zoneamento Ecológico e Econômico (ZEE). “Sem a exploração sustentável do bambu, estima-se que deixem de circular 6,4 bilhões de recursos no Acre. Seria um aporte de mais de 50% no Produto Interno Bruto (PIB) atual, e seis vezes o PIB agropecuário acreano. Novas pesquisas e inovação devem ser viabilizadas de maneira focada e sinérgica para avançar no manejo do bambu existente nas florestas acreanas”, declara Amaral.

Segundo o pesquisador, o uso sustentável desses recursos naturais é uma alternativa para fortalecer a economia local, com ganhos ambientais e sociais, pois beneficiaria pessoas que moram em projetos de assentamentos rurais, e possibilitaria a criação de cooperativas de produtos, geração de energia e construção civil. “Estima-se que possa render cerca de 25.000,00 por família”, afirma.

Os municípios do estado do Acre com maiores áreas de bambu são Feijó, Sena Madureira, Tarauacá, seguidos de Marechal Thaumaturgo, Manoel Urbano e Rio Branco. As florestas de bambu abrangem em torno de 62% do território acreano, com ocorrência dominante e pura no sub-bosque em cerca de 28% do território.

Visão de futuro
O aproveitamento do bambu nativo do Acre pode contribuir para a melhoria da qualidade de vida da população rural e urbana, uma vez que gera emprego e renda, e reduz os passivos ambientais através da recuperação de áreas degradadas e da cobertura florestal de áreas desmatadas. De uso múltiplo, a planta pode ser aproveitada na indústria de alimentos, na construção civil, indústria de cosméticos e segmentos de móvelaria e artesanatos entre outras aplicações.

O processo de produção da madeira de bambu inclui manejar, coletar, produzir e secar as astes retiradas da planta. Sua transformação envolve etapas como classificação, beneficiamento e embalagem. A fase de comércio envolve o transporte, distribuição, estratégias de marketing e outros procedimentos essenciais para conquistar compradores. “O bambu é um produto bioeconômico, ou seja, representa um capital sustentável que reúne diferentes setores da economia e está entre as alternativas de produção sustentável indicadas pelo Zoneamento Ecológico Econômico. Entretanto, necessita de investimentos iniciais como mão de obra e mapeamento local”, diz Amaral.

Dúvidas em como a Gestão Comercial pode ajudar o seu negócio? Entre em contato.

Fonte: Portal do Agronegócio

Oportunidades de emprego no agronegócio quase dobram em um ano

Oportunidades de emprego no agronegócio quase dobram em um ano

O agronegócio foi responsável por quase um terço do Produto Interno Bruto do Brasil (PIB) em 2021, alcançando 27,4%. Essa é a maior fatia do PIB desde 2004.

Os dados são do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq USP, em parceria com a CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil).

O setor do agronegócio vem batendo recordes sucessivos nos últimos anos, e o bom desempenho reflete uma maior demanda no mercado de trabalho. Um levantamento feito pelo site Empregos.com.br apontou um crescimento de 96,4% no número de vagas disponíveis.

Em 2019, a plataforma registrou 2.200 oportunidades de emprego nesta área, enquanto 2022 o número de postos de trabalho abertos chegou a 4.321. Atualmente, o site está com 425 vagas abertas no setor.

Os cargos que mais precisam de profissionais são: representante comercial, motorista e operador de máquinas. O setor também cresce em áreas como tecnologia, estratégia e marketing.

Conheça como a Agsus pode te ajudar a reduzir gastos desnecessários na sua empresa.

Fonte: CNN Brasil

Soja: 6 dicas para a fase final do manejo da lavoura até a colheita

Soja: 6 dicas para a fase final do manejo da lavoura até a colheita

No Brasil, a expectativa é grande para a colheita de soja. Estimativas recentes da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) apontam um volume de produção em torno de 153,5 milhões de toneladas na safra 2022/23.

Com cerca de 43,2 milhões de hectares em todo país dedicados à soja e o plantio autorizado, em muitas áreas, desde 15 de setembro, os agricultores devem estar atentos à fase final de manejo e à colheita.

Com o intuito de auxiliar neste período, o gerente sênior de Desenvolvimento Técnico de Produto de Soluções para Agricultura da Basf, Sérgio Zambon, preparou algumas orientações.

  1. Tecnologia de aplicação: manutenção e regulagem de pulverizadores
    A pulverização é uma das atividades que merecem atenção redobrada. Além das perdas que podem ser causadas pelo amassamento das culturas e má conservação dos equipamentos, é possível ter perdas financeiras e de produto devido às calibrações inadequadas.
    Alguns procedimentos básicos devem ser tomados antes de iniciar a pulverização, como checar as condições climáticas ideais (temperatura entre 20°C-30°C, umidade 70%-90% e velocidade do vento de 3-10 km/h), além de usar água de boa qualidade.
  2. Utilizar mão de obra capacitada para realizar as atividades
    A mão de obra qualificada é um desafio constante para a agricultura. De acordo com a Norma Regulamentadora nº 12, as máquinas e os demais equipamentos precisam ser operados por profissionais devidamente habilitados, e esse tipo de capacitação é fornecida pelo empregador.
    “O ideal é que produtores rurais ofereçam cursos técnicos profissionalizantes aos funcionários”, afirma Zambon, também destacando a importância da utilização do Equipamento de Proteção Individual (EPI) adequado. Os cursos geralmente disponibilizam as bases teóricas e práticas necessárias para que os trabalhadores consigam exercer sua devida função em segurança e garantindo a produtividade para o negócio.
  3. Seletividade de produtos para o cultivo da soja
    Existem dois tipos de seletividade: a ecológica, na qual se utiliza os produtos químicos de forma que não atinjam diretamente os inimigos naturais, baseando-se nas diferenças ecológicas e comportamentais entre ele e a praga. E a seletividade fisiológica, que é voltada às diferenças fisiológicas entre pragas, predadores e parasitoides.
    A seletividade pode ser referente à dose utilizada ou ao modo de ação. E não menos importante é a seletividade dos produtos aplicados às plantas, optando pela escolha de insumos com formulações menos agressivas e que não provoquem injúrias às plantas. “É importante atentar-se a esse fator para pedir à equipe técnica responsável para verificar a seletividade dos produtos utilizados na lavoura”, garante o gerente.
  4. Ficar de olho no clima
    O manejo eficiente deve levar em conta uma série de fatores, entre eles o clima antes e durante a proteção das plantas. Evite realizar pulverizações horas antes da ocorrência de chuva, ou na presença de orvalho.
    Ventos fortes também prejudicam o resultado final da pulverização, podendo deslocar as gotas para fora do alvo a ser atingido. De uma maneira geral, a temperatura ideal para a aplicação de soluções na lavoura está entre 20ºC e 30ºC e a umidade relativa do ar acima de 60%.
  5. Planejar a colheita da soja
    A má regulagem das colheitadeiras pode aumentar as perdas, fazendo crescer o número de plantas voluntárias e reduzir a margem de lucro do produtor. Por isso, é necessário se programar e fazer manutenções periodicamente, ficar atento à velocidade de operação, fazer o acompanhamento de eventuais perdas para entender o progresso do trabalho e, novamente, investir em capacitação de mão de obra para operar o maquinário.
  6. Programar o transporte e armazenamento dos grãos
    O armazenamento e transporte de grãos devem aparecer na lista de prioridades de todos os agricultores e cooperativas. Além do aspecto financeiro, também está em jogo a qualidade nutritiva do produto. É necessário, nessa fase, tomar cuidados com a umidade dos grãos, a limpeza, controlar pragas, fazer transporte em caminhões adequados e utilizar galpões lonados ou silos para armazenar a carga.

Sua empresa corre riscos de prejuízo operacional e perda de recursos ? Veja como a Agsus pode te ajudar.

Fonte: Canal Rural