O processo de tratamento de esgoto na Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Mato Grande, em Canoas, gera, mensalmente, em torno de 600 toneladas. Todo o volume está sendo reaproveitado em compostagem orgânica pela Ecocitrus, empresa que atende 100 agricultores familiares. A iniciativa reforça os esforços da Ambiental Metrosul em reduzir a utilização dos aterros sanitários como destino final do lodo e o seu comprometimento com a preservação ambiental, um dos pilares que norteiam a atuação.
Conforme o gerente de Operações da empresa, Stenio Cangussu, o efluente é rico em nutrientes, e com o seu aproveitamento por meio da compostagem, é possível cumprir o clico ambiental dando uma destinação limpa e sustentável ao resíduo gerado. A Ambiental calcula que são cerca de 170 piscinas olímpicas de esgoto que são tratados ao mês no município, deixando de poluir o meio ambiente.
Nesse sentido, na Estação Mato Grande – uma das principais estações do sistema de esgotamento administrado pela terceirizada, está sendo projetado um centro de compostagem próprio que também vai transformar o lodo em material orgânico. Um dos destinos do composto será a doação a pequenos produtores agrícolas por meio de parcerias com ONGs voltadas à agricultura familiar na Região Metropolitana de Porto Alegre. “Nosso objetivo é que, em médio prazo, maior parte do lodo gerado nas estações de tratamento nos nove municípios atendidos pela empresa seja reaproveitado no nosso centro de compostagem”, destaca Stenio.
A cobertura que está sendo implantada nos três leitos de secagem vai garantir que o lodo da respectiva ETE não tenha contato com condições climáticas desfavoráveis para o processo, principalmente a chuva. Isso permitirá que o lodo desague mais rápido e alcance, em menos tempo, o nível de umidade ideal para a compostagem (entre 50 e 60%). Atualmente, o nível de umidade do lodo que sai do tanque de decantação para os leitos é de aproximadamente 85%, quase líquido.
A coordenadora de Meio Ambiente da Metrosul, Fernanda Cenci, comenta que a compostagem exige lodo em estado semissólido, mais pastoso, e com a estufa se obtém o ponto ideal mais rápido, tornando o processo mais dinâmico e eficiente. “A estrutura vai permitir maior controle operacional do resíduo, pois sem a interferência da chuva saberemos o tempo exato de permanência do lodo no leito de secagem para alcançar o grau de umidade ideal”. A empresa também firmará convênios com universidades para o desenvolvimento de pesquisas com foco em novos usos do lodo além do fertilizante, como o biogás, por exemplo, e outras possibilidades que diminuam e até mesmo eliminem a utilização de aterros sanitários para destinação final do resíduo.
Sua empresa corre riscos de prejuízo operacional e perda de recursos ? Veja como a Agsus pode te ajudar.
Fonte: Jornal Cidade