A produção de açúcar no Centro-Sul do Brasil deve totalizar 3,06 milhões de toneladas na segunda quinzena de agosto, refletindo um aumento de 3,1% no ano, uma pesquisa da S&P Global Commodity Insights com dez analistas mostrou em 12 de setembro.
Durante o levantamento, a estimativa de moagem de cana para o período variou de 35,8 milhões de toneladas a 46,9 milhões de toneladas.
A estimativa média era de uma moagem total de cana de 43,9 milhões de toneladas, alta de 1,5% no ano.
“Todos os olhos estarão no mix de açúcar, que deve indicar se as usinas conseguiram maximizar sua produção de açúcar em meio a interrupções nas chuvas, que atrasaram a colheita”, disse Luciana Torrezan, da Platts Analytics.
A proporção de cana utilizada para a produção de açúcar deverá ser de 47,52%, acima dos 46,47% do ano anterior.
Os produtores brasileiros aproveitaram o alto preço do etanol durante os estágios iniciais da safra, mas as usinas transferiram mais de sua moagem de cana para a produção de açúcar no período restante da safra para aproveitar o prêmio do açúcar sobre a produção de etanol.
A Platts avaliou o etanol hidratado em usina de Ribeirão Preto convertido em açúcar bruto equivalente a 13,32 centavos/lb em 9 de setembro, de acordo com dados da S&P Global.
O contrato futuro de açúcar de outubro NY11 fechou em 18,22 centavos/lb em 9 de setembro, refletindo um prêmio de 4,90 centavos/lb sobre o preço do etanol hidratado expresso em açúcar bruto equivalente ex-CBIOs.
O prêmio do açúcar para a produção de etanol se aproximaria de 4,30 centavos/lb se os créditos de descarbonização fossem adicionados ao cálculo do prêmio.
O CBIO, equivalente a 1 mt de CO2 não lançado na atmosfera, é um instrumento emitido pelos produtores e importadores de biocombustíveis para garantir que o Brasil atinja suas metas de descarbonização.
O açúcar recuperável por tonelada de cana-de-açúcar, ou ATR, deverá ser de 153,91 kg/mt, uma queda de 0,7% ano a ano.
A produção total de etanol da cana deverá ser de 2,26 bilhões de litros, também com queda de 0,7% no ano.
A produção de etanol hidratado era de 1,36 bilhão de litros, segundo a média das respostas dos analistas à pesquisa. Isso representaria um aumento de 2,9% no ano. A produção de etanol anidro na segunda quinzena de agosto estava prevista para 903 milhões de litros, queda de 5,5% no ano, segundo o levantamento.
A Unica deve divulgar seus números oficiais de produção nos próximos dias.
Conheça mais sobre a Agsus e como ela pode ajudar a sua empresa.
Fonte: Canal Rural